O ministro das Finanças do Japão, Taro Aso, afirmou nesta sexta-feira que seria difícil para o governo avançar com a redução do imposto sobre as sociedades no mesmo momento em que está às vésperas de anunciar o aumento do imposto sobre vendas.
"Eu estou ciente que preciso falar sobre um corte do imposto sobre as sociedades, mas eu não tenho certeza se as pessoas estarão dispostas a aceitar tal movimento, já que elas enfrentarão uma taxa de imposto sobre o consumo mais elevada", explicou Aso.
O ministro japonês também defendeu que "incentivos fiscais para promover a despesa de capital seriam mais eficazes do que o corte da taxa global". Segundo Aso, as medidas podem elevar a competitividade do Japão no exterior.
De acordo com o jornal Nikkei, o governo está considerando reduzir a taxa de imposto sobre as sociedades em aproximadamente 2 pontos porcentuais.
Caso o aumento de imposto sobre vendas seja realmente anunciado, Aso indicou que as medidas de estímulo para sustentar a economia diante dos impactos poderiam exceder 2 trilhões de ienes. Para o ministro, esta seria a quantia necessária para proteger a economia de uma recessão após o aumento do imposto. Além disso, Aso afirmou que o montante colocaria a economia de volta em sua trajetória de crescimento.
Para Aso, o impacto negativo sobre a economia após o aumento do imposto sobre vendas deve ser de 1,8 trilhões de ienes, sinalizaram as estimativas apontadas por 41 economistas ouvidos pela Dow Jones Newswires.
O imposto sobre vendas deve subir de 5% para 8% em abril de 2014, e para 10% e 10% em outubro de 2015. A decisão deve ser anunciada por Shinzo Abe, primeiro-ministro do Japão, em outubro. Fonte: Dow Jones Newswires.