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Estado de Minas

Número de brasileiros que pretendem viajar pelo Brasil é 3 vezes maior que o exterior

A procura por destino turístico no Brasil cresceu de 69,9% em agosto de 2012 para 72,7% no mesmo mês deste ano


postado em 14/09/2013 07:10

O número de brasileiros que pretende viajar pelo Brasil (72,7%) é três vezes maior que o dos que desejam um destino além das fronteiras do país (24,7%), de acordo com o último levantamento do Ministério do Turismo em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV). Os dados fazem parte da Sondagem do Consumidor Intenção de Viagem, de agosto, e trazem informações coletadas com 2 mil cidadãos em sete capitais: Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife, Rio de janeiro, Salvador e São Paulo. A procura por destino turístico no Brasil cresceu de 69,9% em agosto de 2012 para 72,7% no mesmo mês deste ano. O estudo mede a intenção de viagem dos entrevistados nos próximos seis meses.

Ainda de acordo com levantamento, 32,6% das pessoas com mais de 60 anos pretendem fazer uma viagem nos próximos seis meses. Entre eles, as viagens domésticas também são preferidas por 56,2% e as internacionais por 42,2%. As viagens aéreas caíram no gosto da melhor idade, 76,6% dos entrevistados declararam que preferem viajar de avião, 19,9% de carro e apenas 3,5% preferem o ônibus. %u201CAs passagens aéreas estão mais baratas e, além disso, o tempo de deslocamento menor. Antigamente gastava-se mais de 12 horas para fazer uma viagem que hoje é feita em até uma hora se for de avião%u201D, revela Leonel Rossi, da Abav.

Ao contrário do que se imagina, a terceira idade não quer lugares quietos. Esses turistas preferem roteiros que ofereçam atrações especiais durante o dia e a noite, como bingos, jantares dançantes, atividades culturais e gastronômicas. A coordenadora de excursões do Serviço Social do Comércio de Minas Gerais (Sesc Minas), Mércia Serra, conta que na maioria das vezes os idosos preferem viajar em grupo, com amigos que já promovem atividades juntos.

"Eles pedem atividades diferenciadas e são muito animados. Geralmente, programam todo o roteiro antes da viagem, com atrações para ocupar o dia e a noite", completa. Ainda de acordo com a coordenadora, muitos gostam também de viajar sozinhos para conhecer novos destinos e fazer amizades.

Há 32 anos, o Sesc promove o turismo social, com tarifas mais em conta para o público dessa faixa etária. Em 2012, o Sesc organizou 243 viagens, sendo 50% do público pessoas da melhor idade. Nas viagens internacionais, os idosos chegaram a ocupar 70% das vagas. %u201CO poder aquisitivo deles é maios, estão mais independentes e querem aproveitar a vida, já que podem viajar em qualquer época do ano%u201D, comenta Mércia.

Maria das Graças Braga Duarte, de 68 anos, é aposentada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) há 15 anos. Neste ano, ela já foi para Maceió (AL), Grande Hotel de Araxá, no Alto Paranaíba e Portugal. %u201CE se o Sesc fechar a excursão para o Chile, eu vou, pois não conheço%u201D, diz entusiasmada.

Ela conta que começou a viajar nos últimos quatro anos, depois que resolveu um problema de saúde. Suas companhias são as mais variadas: sobrinha, irmãos, amigos e a turma do Sesc. As viagens costumam ser pagas em prestações. %u201CNão sou muito consumista, então dá para viajar. Algumas vezes até pago para a sobrinha%u201D, afirma Maria das Graças. Em outros anos, ela foi com amigas a show de navio com o cantor Roberto Carlos, foi à França e fez cruzeiro marítimo de 14 dias com saída de Veneza (Itália), passando pelo Egito, Israel, Turquia e Grécia. (FM e GC)


Além de cuidar dos netos

"O aposentado deixou de ficar limitado a cuidar do neto. Hoje eles se interessam por abrir os horizontes, conhecer outros países e outras culturas", afirma Maria Helena Mansur, presidente da Associação dos Funcionários Aposentados do Estado de Minas Gerais (Afaemg). A associação conta hoje com aulas de inglês, italiano, francês, espanhol, curso de memória, piano, grupos de seresta e de coral. "Há muitos cursos voltados para aposentados, o que não acontecia no passado", afirma Maria Helena. As viagens internacionais, diz, não são mais "bicho de-sete cabeça" e passaram a fazer parte das férias da terceira idade. "Antes só ia quem tinha muito dinheiro. Agora, com as possibilidades de dividir o pagamento, ficou mais fácil", diz.

A maioria dos alunos da professora de espanhol Sônia Maribel Hutton é aposentada. Há sete anos que ela faz turismo com a terceira idade, com duas viagens internacionais ao ano. %u201CA procura tem crescido muito. Tem mais facilidade para a terceira idade no exterior. Eles não têm tanto compromisso com os filhos, que já cresceram%u201D, afirma. No ano passado o grupo passou o réveillon em Cartagena das Índias (Colômbia) e em maio foi para Turquia e Londres. Em outubro planejam ir ao Uruguai (Montevidéu e Punta del Leste) e no fim do ano a Bogotá (Colômbia).

Vânia de Fátima Castro Guimarães é guia de viagem do Sesc há 18 anos. Ela conta que tem crescido o número de idosos viajando, assim como a idade. "Antes, eram apenas as pessoas com até 60 anos que viajavam. Agora até com 90 anos fazem viagem internacional%u201D, diz Vânia. Segundo ela, a terceira idade gosta de dançar, fazer esportes, caminhadas, leituras, museus e compras. %u201CEles são mais espertos que muitos jovens", diz. (FM e GC)


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