A bancada do Espírito Santo na Câmara defenderá, nesta terça-feira em uma reunião em Brasília (DF), o fatiamento da licitação de concessão da BR-262, entre o Estado e Minas Gerais, e que a duplicação do trecho capixaba, de 180 quilômetros, seja feito pelo governo com o recurso de R$ 1,2 bilhão já previsto no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A proposta ocorre após o fracasso do leilão de todo o trecho da rodovia, na última sexta-feira, 14, por falta de investidores interessados.
Foletto refutou e discordou das afirmações do ministro Guido Mantega, da Fazenda, que, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, disse que havia problemas "de ordem política" para que investidores se afastassem do leilão. Segundo avaliação do governo, políticos capixabas ameaçariam entrar na Justiça contra os pedágios previstos pelo edital no trecho da BR-262 naquele estado. "Não vi ninguém fazendo afirmativa para o Mantega, até porque ele nunca esteve conosco. Debitar o insucesso na conta da bancada capixaba é colocar em Joaquim a culpa pelo que Manoel fez", disse.
Ainda de acordo com o parlamentar, nem mesmo nas reuniões dos deputados do Espírito Santo com os ministros Gleisi Hoffmann, da Casa Civil, e César Borges, dos Transportes, houve uma "ameaça enfática de judicialização" da proposta. "Nas reuniões ninguém foi enfático, por isso, essa posição (de acionar a Justiça) não passou na cabeça da bancada e não se consolidou", concluiu.