O vice-presidente da Associação Brasileira das Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva), Marcel Visconde, prevê que as importadoras oficiais devem comercializar 117 mil unidades em 2013. Se confirmado, o número ficará abaixo dos 120 mil veículos estimados em julho deste ano, das 150 mil unidades prevista no fim de 2012 e representará uma queda de 10% sobre o resultado de 2012, quando foram vendidas 130 mil unidades. "Sinceramente, não imaginávamos que teríamos um desempenho tão difícil em 2013 ante 2012, ano que já havia sido ruim. As quedas foram representativas a partir do momento em que decisões foram tomadas, como o aumento do IPI, a criação das cotas e a recente variação do dólar", disse Visconde.
Ele criticou a volatilidade do dólar, a qual, segundo ele, "torna difícil ao gestor fazer planejamentos de curto e longo prazo para o setor". Visconde lembra que, recentemente, após a forte alta ante o início do ano, a moeda norte-americana variou de R$ 2,45 até R$ 2,25. "O dólar é âncora de credibilidade e de confiança e, se tem volatilidade, tem freio de consumo", afirmou o executivo.
Outro fator que pode tirar a confiança do consumidor, segundo Visconde, é a recomposição do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) a partir de janeiro de 2014. "Diante da incerteza do setor automotivo e da desconfiança do consumidor, o momento é de repactuação não de voltar alíquota cheia para os carros", concluiu.