Com lojas abrindo as portas de madrugada, os novos iPhones 5c e 5s foram lançados nesta sexta-feira na Ásia, causando o alvoroço de costume, a preços insuperáveis no Japão, mas proibitivos em outros países, entre eles a China.
Os consumidores esperaram na fila durante toda a noite, na frente das lojas das operadoras de telefonia, ou da Apple, para conseguir seu aparelho o mais rápido possível. "Passei muito frio essa
"O novo iPhone 5s traz algumas novidades que me agradam, como a gravação de vídeos em câmera lenta e um foco melhorado", acrescentou. Em Tóquio, já ao amanhecer a fila chegava a quase um quilômetro na frente da Apple Store do sofisticado bairro de Ginza. As filas diante dos pontos de venda das três operadoras japonesas - SoftBank, KDDI e, pela primeira vez, NTT
Além das três cores, o iPhone 5S será vendido em três modelos: 16 GB (US$ 199, cerca de R$ 455), 32 GB (US$ 299, aproximadamente R$ 683) e 64 GB (US$ 399, cerca de R$ 912), também com contrato de dois anos de fidelidade. "O acordo com a NTT Docomo é um ponto positivo para a Apple no Japão", afirmou o analista da SMBC Friend Securities Toshihiko Matsuno.
No Japão, o cliente pode sair da loja de aparelho novo sem gastar um único iene. O custo do telefone - em parcelas divididas por quase dois anos - acaba sendo compensado quase integralmente pelos descontos oferecidos na conta pelos serviços da operadora. Além disso, o cliente pode conseguir até 200 euros na troca do iPhone antigo.
Na Austrália, onde a versão 5s chega ao consumidor pelo equivalente a 785 euros, ou na China, onde o 5c sai por 520 euros, muitos reclamaram do valor. A proposta do 5c é, justamente, aumentar o share da Apple nesses mercados, contra-atacando o rival sul-coreano Samsung com um preço mais acessível. "Não vale a pena", confirmava Wang Ying, analista baseado em Pequim para a firma iResearch. Na China, vários smartphones de marcas locais custam apenas 75 euros.
Wang destacou que a Apple pode ter perdido uma oportunidade de ouro ao não chegar a um acordo com a principal operadora de telefonia do país - a China Mobile -, com seus 700 milhões de clientes. A Apple escolheu as concorrentes China Unicom e China Telecom.