O governo está plenamente convencido do sucesso no leilão do campo de Libra, na Bacia de Santos, com base nas empresas inscritas. A declaração é do ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, destacando que os interessado reúnem as maiores petroleiras do mundo. "Achei necessário prestar esclarecimentos sobre a inscrição de empresas brasileiras e estrangeiras no leilão do pré-sal", disse nesta sexta-feira em entrevista à imprensa. "A ausência de algumas grandes petroleiras merece esse esclarecimento do governo."
O ministro afirmou que há certo pessimismo de analistas ao citarem que "duas ou quatro" grandes empresas deixaram de se inscrever. "Ora, das 12 maiores empresas, sete estão participando. Portanto, não se poderia imaginar um sucesso maior do que esse em matéria de presença de grandes empresas."
Lobão ainda rebateu críticas de que algumas das inscritas são estatais. "Qual é o mal que há nisso? A Petrobras é estatal", disse. "Não vejo nenhum mal que empresas estatais participem de leilões."
O ministro afirmou ainda que o regime de partilha será bom no Brasil e é bom em vários países do mundo. "De todas essas empresas que estão participando, algumas delas já estão explorando petróleo em regime de partilha ou de prestação de serviços em outros países", afirmou, acrescentando que "não se fez nada de errado com a legislação construída com apoio do Congresso Nacional".
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) recebeu na quinta-feira um quarto das inscrições esperadas para a disputa por Libra, atualmente a maior reserva de petróleo em oferta no mundo. Gigantes como Exxon Mobil, BP, BG, Chevron e Statoil ficarão fora do primeiro leilão do pré-sal, marcado para 21 de outubro.
Além da Petrobras, que participa obrigatoriamente como operadora, com um mínimo de 30% no consórcio vencedor, inscreveram-se dez empresas, o que sugere uma disputa com apenas dois grandes consórcios.
Os inscritos, segundo a relação da ANP, são: CNOOC International Limited (China), China National Petroleum Corporation (China), Ecopetrol (Colômbia), Mitsui & CO (Japão), ONGC Videsh (Índia), Petrogal (Portugal), Petrobras (Brasil), Petronas (Malásia), Repsol/Sinopec (hispano-chinesa), Shell (anglo-holandesa) e Total (França).