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Estado de Minas

Indústria da mineração aposta nos sinais vindos do exterior

Retomada do crescimento dos EUA e indicadores positivos da Europa podem fazer setor compensar volatilidade de preços


postado em 24/09/2013 06:00 / atualizado em 24/09/2013 06:47

A esperada recuperação da economia americana pode ajudar no desafio da indústria da mineração, que enfrenta grande volatilidade de preços das chamadas commodities minerais e metálicas (produtos cotados no mercado internacional) e o baixo crescimento da economia chinesa, locomotiva do consumo mundial de matérias-primas. Os sinais mais positivos na Europa também indicam uma mudança no cenário em que o setor tem trabalhado. Não é por outro motivo que grandes empresas adotaram políticas de redução de custos e buscam mais eficiência, sem abandonar os planos de investimento estimados em US$ 75 bilhões no Brasil do ano passado até 2016 pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram).

O tema dominou as discussões de ontem na abertura da Exposição Internacional de Mineração (Exposibram 2013) e do 15º Congresso Brasileiro de Mineração, com a participação de 2 mil profissionais e pesquisadores do setor, eventos realizados pelo Ibram no Expominas. A expansão menor da China, de 7,5% ao ano, ante mais de 10% anuais até 2011, pode ser compensada com a retomada de economias maduras, a exemplo dos Estados Unidos, para executivos a exemplo do presidente da Anglo American Níquel Brasil, Walter De Simoni.

“As oportunidades vão continuar existindo. Tudo vai depender da nossa competitividade. O Brasil precisa investir”, afirmou durante debate sobre o futuro da mineração brasileira. A despeito da crise, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) é uma das empresas que mantém investimentos e confirmou a conclusão no ano que vem do projeto de duplicação da capacidade de produção de minério de ferro da Mina de Casa de Pedra, em Congonhas, na Região Central de Minas Gerais.

O diretor de mineração da CSN, Daniel dos Santos, informou que a companhia entrou na etapa final de obras e instalações para iniciar os testes da expansão da Mina de Casa de Pedra no segundo semestre de 2014. “Não vendemos só para o mercado chinês. Fornecemos para a Europa, Oriente Médio, Japão e Coreia”, afirmou o executivo. Os clientes do gigante asiático consomem um terço da produção.

Com o projeto, Casa de Pedra, que completou 100 anos, terá capacidade de produzir 20 milhões de toneladas por ano a partir do ano que vem. Na disputa do consumo mundial da principal riqueza mineral do Brasil, a CSN se beneficia de dois fatores que passaram a pesar mais diante da crise mundial: custos baixos e minério de alta qualidade.
Segundo Santos, as despesas da CSN para produzir em Casa de Pedra estão no nível de 25% das companhias com os menores custos na indústria mundial da mineração. O material retirado da mina é considerado premium, com teores de ferro variando de 64,5% a 67% de acordo com o produto comercializado no mercado internacional.

Logística

O presidente do Ibram, José Fernando Coura, considera que no Brasil o maior problema para os programas de expansão das mineradoras se aproveitarem da demanda mundial está em gargalos mantidos pela logística deficiente do país e a burocracia. “É um momento difícil, de certa crise e de depreciação de preços, por isso as empresas buscam redução de custos e trabalham pela sustentabilidade das suas operações”, afirmou Coura.


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