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Estado de Minas

Cadastro Positivo ainda não funciona plenamente


postado em 26/09/2013 14:13 / atualizado em 26/09/2013 15:52

São Paulo, 26 - O cadastro positivo, criado para identificar os bons pagadores, deve levar ao menos três anos para funcionar plenamente, disse nesta quinta-feira, 26, o economista-chefe da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi), Nicola Tingas. "O Cadastro Positivo estará funcionando plenamente dentro de três a cinco anos", afirmou ele, durante o Fórum Internacional sobre Cadastro Positivo no Mundo, em São Paulo.

Em vigência desde agosto, o Cadastro Positivo é um banco de dados que ficará disponível para consulta do mercado. O consumidor em dia com suas contas deve pedir a inclusão de seu nome nesse cadastro e, com a comprovação de ser um bom pagador, pode negociar melhores condições de pagamento, como taxas de juros mais baixas e prazos mais longos.

Tingas disse que o maior benefício é a "redução da assimetria de informações". Segundo ele, o Cadastro Positivo vai permitir que o consumidor conheça melhor suas finanças e os bancos ofereçam produtos específicos a cada tipo de público.

O economista afirmou que o mais difícil não é implementar tecnologia no sistema, mas educar tanto as pessoas quanto as instituições. "Devemos ter um bom número de pessoas cadastradas e todas entendendo com clareza a legislação em cerca de dois anos." Ele preferiu não fazer um balanço de como o banco de dados está funcionando até agora, mas disse que "já está dando certo"


Lorian Pollak, do Bank of America Merril Lynch, afirmou que nos Estados Unidos esse sistema funciona muito bem. De acordo com ela, o Merril Lynch usa as informações para criar linhas específicas de crédito para cada tipo de consumidor, mudar estratégias de acesso ao crédito e incentivar as pessoas a manter as contas em dia.

Questionada sobre se houve uma preocupação dos consumidores com sua privacidade, Lorian respondeu: "Houve menos preocupação com privacidade do que se os dados constantes no banco de dados estariam corretos." Tingas afirmou que no Brasil existem as duas preocupações - privacidade e fidelidade de informações - por causa do grande número de fraudes que o ocorrem no País.


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