A Apple ultrapassou a Coca-Cola pela primeira vez, desde 200, e se tornou a marca mais valiosa do mundo em 2013, de acordo com o ranking anual Best Global Brands, da consultoria Interbrand. A gigante da tecnologia foi avaliada em US$ 98,316 bilhões, enquanto a Coca vale US$ 79,213 bilhões e ocupa o terceiro lugar do estudo, sendo ultrapassada também pelo Google, com valor de US$ 93.291 bilhões.
A Apple assumiu a liderança este ano, com crescimento de 28%, em relação ao resultado da Interbrand de 2012. Com 72 milhões de Macs em uso e recorde de vendas de iPhones e iPads, a conquista da Apple não surpreende.
Para completar as cinco primeiras posições, a IBM e a Microsoft ficaram em quarto e quinto no ranking, com valores de US$ 78,808 bilhões e US$ 59,546 bilhões, respectivamente.
Para avaliação, a consultoria considerou três aspectos: desempenho financeiro, influência na escolha do consumidor e poder de comandar preços premium ou gerar lealdade. O valor total das cem marcas globais mais valiosas é de US$ 1,5 trilhão em 2013 e nenhuma marca brasileira foi classificada entre a primeira centena.
"De vez em quando uma empresa muda as nossas vidas, não só com os seus produtos, mas com seu espírito", declarou Jez Frampton, CEO da Interbrand, em um comunicado para explicar a ascensão da Apple. "Para manter a sua posição como número um no próximo ano, a Apple terá que parar sua rival Samsung", a fabricante coreana de celulares que está ganhando grandes quotas de mercado, segundo Frampton.
Entre as dez primeiras marcas do ranking, seis são da área de tecnologia: além da Apple, Google, IBM e Microsoft, também aparecem Samsung, em oitavo, e Intel, em nono. A montadora Toyota é a décima, seguida de perto por suas rivais alemães Mercedes-Benz - 11º - e BMW - 12º.
O ranking também reflete o declínio de algumas das principais marcas, como o BlackBerry, que desapareceu do Top-100. A Nokia também caiu da 13ª posição para 57ª em apenas dois anos. O Facebook - 52ª - é a marca que mais subiu no ranking de 2013, com um valor que aumentou 43%, para US$ 7,7 bilhões.
Entre as marcas europeias, a espanhola Zara subiu um posto, a 36ª, e é avaliada em US$ 10,8 bilhões, crescimento de 14%, de acordo com a consultoria. Entre as marcas que aparecem pela primeira vez no Top 100 estão a Discovery (70º) e a Chevrolet (89º).
Estudo 2013
Além de identificar as 100 marcas globais mais valiosas, este ano o relatório Best Global Brands também examina a evolução da liderança quando relacionada às marcas. A Interbrand entende que, agora, a liderança deve ser compartilhada. CEOs, CMOs e consumidores têm o poder de gerar valor para as marcas que gerenciam ou admiram.
“No mercado global obcecado por mídias sociais de hoje em dia, os líderes de marcas reconhecem a necessidade de ser altamente colaborativos”, nota Frampton. “As 100 marcas globais mais valiosas estão abrindo o seu valor participando, ouvindo, aprendendo e compartilhando – não só com os líderes de dentro de sua organização, mas também com os seus consumidores. As marcas que aprendem a pensar de forma diferente sobre o papel que desempenham na vida dos seus consumidores – e como preencher esse papel – têm a oportunidade de mudar o mundo de uma forma que eles nunca imaginaram”.
Marcas brasileiras
Assim como nos anos anteriores, as marcas brasileiras não apresentaram status de marca global com valor financeiro suficiente para entrar no rol das marcas globais mais valiosas. Algumas possuem valor financeiro, porém não tem presença global e vice-versa. A Interbrand acredita que é só uma questão de tempo para que nossas marcas estejam entre as mais valiosas do mundo, se assim investirem em um processo de internacionalização.
“Temos visto que os líderes das marcas brasileiras estão cada vez mais atentos ao mercado internacional, adequando suas estratégias para desbravar novos territórios. O que era antes uma alternativa, se torna um
direcionamento estratégico, fazendo com que a presença de uma marca brasileira no ranking Best Global Brands seja uma possibilidade real, em um breve futuro”, aponta Daniella Giavina-Bianchi, Diretora Executiva da Interbrand Brasil.
Com AFP