As condições de segurança no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro/Galeão – Antonio Carlos Jobim estão precárias, com poucas câmeras para cobrir os dois terminais e armazenagem das imagens por um período de apenas 18 dias. É o que aponta a investigação feita pelo Ministério Público Federal no Rio de Janeiro (MPF/RJ).
Segundo o MPF, a baixa cobertura por câmeras facilita a ocorrência de delitos como furto de bagagem e dificulta as investigações, além de fragilizar o controle imigratório, o que pode favorecer crimes como tráfico internacional de droga, armas e pessoas.
Para a estatal, o número atual de câmeras atende a necessidade do aeroporto, pois “há outros mecanismos, como equipamentos de raio x, detectores de metal, vigilantes patrimoniais [armados e desarmados] que fazem rondas em toda a área do aeroporto, além de controles de acesso, que garantem a segurança completa do aeroporto”.
A Infraero ressalta que a segurança nas áreas restritas, como pátios, pistas, salas de embarque e desembarque, é de responsabilidade da Polícia Federal. Nas áreas públicas, como saguão, áreas de check-in e praça de alimentação, cabe aos órgãos de segurança pública como as polícias Militar e Civil. À Infraero compete “fazer a vigilância patrimonial de suas instalações, além de colaborar com o trabalho dos órgãos de segurança quando requisitada”.
Quando ao período de armazenamento das imagens, a estatal informa que ele é “determinado pela capacidade do equipamento”.
Uma audiência pública para discutir a questão está marcada para o dia 23 de outubro na Procuradoria da República no Rio de Janeiro, mas a Infraero informa que ainda não foi notificada oficialmente para participar.