Os bancários de Belo Horizonte e Região decidiram em assembleia na tarde desta segunda-feira pela manutenção da greve por tempo indeterminado. A paralisação dos bancários de todo o país já completa a quarta semana. Na última sexta, o Comando Nacional dos Bancários rejeitou a proposta de reajuste salarial de 7,1% para todas as faixas salariais e de 7,5% para o piso oferecida pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), mas recomendou a convocação de assembleias pelos sindicatos.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários de BH e Região, Clotário Cardoso, a proposta da Fenaban não atende as reivindicações da categoria. "O lucro dos bancos brasileiros foi de R$ 60 bilhões de janeiro a junho deste ano. A proposta feita pela Fenaban na última sexta não chega perto das reivindicações dos bancários, ainda não é possível aceitá-la", explica.
Depois da assembleia que terminou por volta das 14h30 em Belo Horizonte, a categoria realizou uma passeata desde a agência da Caixa Econômica Federal (CEF), que fica entre as ruas Espírito Santo e Carijós, no Centro da capital, até o Banco Bradesco, localizado na Rua da Bahia. Cerca de 300 bancários gritavam palavras de ordem durante a manifestação, que não afetou o trânsito local.
Os bancários fazem greve desde 19 de setembro. Os grevistas querem reajuste salarial de 11,93% e melhores condições de trabalho.