São Paulo, 09 - A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e a Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) declarou nesta quarta-feira, 9, que a alta de 0,5 ponto porcentual na Selic, para 9,5% ao ano, anunciada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), indica que a instituição financeira continua empenhada em conter a inflação.
De acordo com Amato, no entanto, o BC deve agora pôr no radar a preocupação com a atividade econômica. "Daqui para a frente, devido à fraca recuperação do nível de atividade econômica, num contexto de queda dos índices de confiança, e ao menor patamar alcançado pela taxa de câmbio, poderia ser conveniente dosificar o aumento dos juros. Porém, desde que a política fiscal implementada seja efetivamente neutra em termos de inflação", afirma.
FecomercioSP
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) avalia que a decisão do BC de elevar o juro foi acertada, pois "o ambiente macroeconômico brasileiro não permite ao Banco Central (BC) flexibilizar suas ações contra a inflação".
De acordo com a entidade, a inflação oficial medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ainda está em patamar elevado, embora no acumulado de 12 meses já venha apresentando desaceleração. Além do aumento desta quarta-feira, a FecomercioSP prevê que o Copom aplicará mais um aumento de 0,25 ponto porcentual na reunião de novembro, o que contribuirá para levar a inflação a fechar 2013 em 5,2%.
Abad
O aumento do juro amplia o quadro de dificuldades do empresariado brasileiro. A avaliação é do presidente da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (Abad), José do Egito Frota Lopes Filho. Segundo ele, embora o Banco Central (BC) cumpra seu papel técnico ao elevar o juro para conter a alta inflação, esse aumento ganha força ao lado de entraves já existentes para a retomada da economia, como excesso de tributos e de regulação.