Quem passa pelo salão de negócios do Minas Trend, no Expominas, depara-se com um stand especial, criado pelo Sindijoias. No espaço, o lapidário e escultor Walter Lopes demonstra seu delicado trabalho no quartzo.
Há 43 anos, o profissional se dedica a transformar a pedra bruta, típica da região de Corinto, em verdadeiras joias. Com uma linha de lapidação diferenciada, que foge do convencional, Walter cria formas especiais, desenvolvidas ao longo dos seus vários anos de carreira.
Segundo ele, algumas de suas criações já foram copiados pelo mundo todo e Walter vê isso de forma positiva, como um resultado do seu trabalho: “são apenas frutos de sementes que semeei ao longo da carreira”.
O diferencial de desenvolver seu trabalho com pedras naturais, na opinião do escultor autodidata, é o fato de cada lapidação ser única. “O interessante dessa pedra é que nem tudo eu consigo reproduzir. Há algumas que são únicas e nunca mais farei outra igual”, diz.
Esse material, em sua maioria, acaba sendo exportado, especialmente para os Estados Unidos. A razão disso é que no Brasil as pessoas ainda estão muito voltadas para o convencional. É por isso que Sindijoias trouxe seu trabalho para o Minas Trend, para incentivar a valorização desse segmento. “Eu estou aqui para dar uma demonstração da minha arte e, assim, incentivar a indústria brasileira a usar mais as nossas pedras”, explica o artista.
E a preocupação é mais do que justificável. Todos os anos saem containers de quartzo para o exterior. E, a cada quilo de pedra que sai do Brasil, são 20 empregos a menos no país. “Por isso queremos mostrar as infinitas possibilidades do quartzo e o tesouro que temos por aqui”, finaliza.