O vice-diretor para Ásia e Pacífico do FMI, Jerry Schiff, disse que as medidas adotadas recentemente pelo governo do Japão para reduzir os desequilíbrios fiscais no médio prazo não deveriam ter efeitos significativos no crescimento da economia, nem nos resultados positivos de seu programa de estímulo. Para Schiff, a recente elevação do imposto sobre consumo de 5% para 8% "é algo que a economia pode suportar".
O dirigente do FMI também disse que o Japão precisa equilibrar seus planos para o crescimento com políticas de médio prazo para lidar com sua dívida crescente. Ele ressalvou que o Japão ainda é um "ponto brilhante" entre as economias asiáticas e que seu programa de estímulo, conhecido como "Abenomics", como referência ao primeiro-ministro Shinzo Abe, até agora tem sido eficaz para combater a deflação e o ritmo fraco de crescimento, que já duram décadas.
O diretor do FMI para a região da Ásia e do Pacífico, Anoop Singh, disse que tendo em vista a variedade das circunstâncias econômicas entre os países emergentes do Sudeste Asiático, é especialmente importante que o Federal Reserve norte-americano comece a reduzir seu programa de compras de bônus de modo "ordeiro". "A redução fará crescer a volatilidade, e isso eleva os riscos de uma maneira desordenada", acrescentou.