Com a adesão do setor administrativo à greve na empresa Flextronics, na manhã desta segunda-feira, subiu para 5 mil o número de trabalhadores do setor metalúrgico parados em Sorocaba (SP). O número inclui os 1,2 mil funcionários da montadora Toyota, em greve desde o dia 2. De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos, numa assembleia realizada na frente da fábrica, os 800 trabalhadores da área administrativa da Flextronics optaram por se juntar aos operários da produção, em greve desde a quinta-feira.
Com isso, subiu para 3,8 mil o número de trabalhadores em greve na indústria de componentes eletrônicos, que tem 4,5 mil funcionários. A fábrica de Sorocaba tem como clientes grandes empresas do setor, como a Hewlett Packard e a IBM. Os trabalhadores reivindicam reajuste no valor do Programa de Participação nos Resultados (PPR) e revisão no plano de metas, que teria sido alterado em detrimento dos funcionários. A empresa afirmou ter apresentado duas propostas de acordo, rejeitadas pelo sindicato. Uma nova proposta está em estudo.
Na Toyota, que em Sorocaba fabrica modelos do compacto Etios, a paralisação entrou no 13º dia sem acordo. Segundo o sindicato, 80% dos 1,5 mil funcionários estão parados. A proposta de acordo feita pela empresa foi rejeitada. O sindicato afirmou que os diretores da empresa fizeram uma videoconferência com a matriz, no Japão, para uma nova rodada de negociações, mas a proposta não tinha sido apresentada até a tarde desta segunda-feira. A empresa afirmou que não se manifestaria sobre a paralisação.