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Estado de Minas

Frota de caminhões deverá ser renovada em Minas

Programa que deve ser adotado em Minas, inédito no país, pretende substituir 70 mil veículos. Indústrias participarão


postado em 15/10/2013 06:00 / atualizado em 15/10/2013 07:47

Proposta é que veículos com mais de 30 anos na frota mineira sejam substituídos. Anúncio deverá ser feito em breve pelo governo de Minas (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press - 3/7/13)
Proposta é que veículos com mais de 30 anos na frota mineira sejam substituídos. Anúncio deverá ser feito em breve pelo governo de Minas (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press - 3/7/13)

Detalhes de um programa de renovação de frota de caminhões a ser adotado em Minas Gerais, inédito no país, foram revelados ontem pelo presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan. O programa pretende substituir até 70 mil veículos com mais de 30 anos da frota mineira e, além da indústria de veículos, terá a participação de siderúrgicas com atuação no estado, no processo de reciclagem do aço dos automóveis. Moan afirmou que o governo de Minas Gerais irá fazer o anúncio na próxima semana e que os detalhes de como será feita a retirada dos veículos de circulação, bem como o tratamento dado às sucatas, caberão ao governo.

"Isso é poluição, insegurança no trânsito e será um programa inteligente e estimulante", disse ele. Programas de menor impacto foram testados no Porto de Santos e no Rio de Janeiro, mas são pontuais e ainda não tiveram impacto nas vendas. Para o presidente da Anfavea, a idade mínima para que os caminhões possam se enquadrar no programa evita o surgimento de uma bolha de consumo no setor, o que poderia prejudicar as indústrias.

No entanto, os 70 mil caminhões passíveis de serem substituídos correspondem a quase a metade da meta de 150 mil caminhões previstos para todo o mercado nacional de 2013. "Essa renovação será ao longo do tempo e não haverá uma bolha de consumo", disse. Moan afirmou que, se preciso, a Anfavea trabalhará em todos os estados brasileiros para fazer programas regionais de renovação de frota de pesados, mas que a meta da entidade é "fazer um programa federal".

Até agora, o programa federal de renovação de frota foi discutido entre a Confederação Nacional do Transporte (CNT) e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), mas não avançou. "O grande entrave é por culpa nossa, pois cada entidade apresentou um programa em separado ao governo para a renovação de frotas. Conheço até 10 propostas diferentes e o interesse da Anfavea é despir do interesse próprio e fazer a junção das propostas", afirmou Moan. O presidente da Anfavea comemorou o anúncio da prorrogação, para 2014, do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) para bens de capital, entre eles caminhões e ônibus, e avaliou que a medida, "sem dúvida trará um crescimento nas vendas em 2014".

INCENTIVOS
Dados do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) apontam que até 2018 o mercado de caminhões crescerá 6,3% ao ano. "Por isso, a visão é de que esse setor seguirá aquecido por conta da área agrícola, das compras governamentais, principalmente escolares, do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do setor, dos programas de infraestrutura, das exportações e da entrada e novas montadoras", disse Antonio Carlos Bento, conselheiro da entidade.


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