O horário de verão começa no próximo domingo para as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país e vai até o dia 16 de fevereiro de 2014. Com o horário em vigor, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) espera uma redução na demanda diária máxima de energia elétrica de até 4%, o equivalente a 340 MW, em Minas Gerais. Essa potência corresponde, por exemplo, à demanda de pico das cidades de Juiz de Fora e Sete Lagoas, municípios de médio porte do interior do Estado, ou de uma grande cidade de 750 mil habitantes.
Durante todo o horário de verão, espera-se, para Minas Gerais, uma economia de energia elétrica de até 0,5% (100.000 MWh), o que seria suficiente para abastecer Belo Horizonte durante oito dias. Para o consumidor residencial e comercial, a redução no consumo mensal pode chegar a 5%, devido ao menor tempo de uso da iluminação artificial.
A hora de verão vigorará nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal. Os demais estados das regiões Norte e Nordeste do Brasil não adotam o horário, devido à proximidade da Linha do Equador, o que faz com que a duração dos dias nesses estados não apresente alterações significativas ao longo do ano, tornando o efeito do horário de verão praticamente nulo. Tocantins e Bahia, que aderiram ao horário em anos anteriores, também ficarão de fora da mudança.
O horário de verão é adotado em função do aumento da demanda por energia nessa época do ano, resultante do calor e do crescimento da produção da indústria com a aproximação do Natal. Durante a vigência do horário diferenciado está prevista uma redução média de 5% no consumo no horário de pico, que vai das 18h às 21h. Segundo o engenheiro de planejamento do sistema elétrico Wilson Fernandes Lage, da Cemig, outros benefícios do horário de verão dizem respeito ao aumento da confiabilidade e segurança da operação do sistema elétrico. “Uma vez que há uma redução da demanda máxima durante o horário de pico há também, consequentemente, uma diminuição do risco de interrupções no fornecimento”, explica.
Ainda de acordo com o engenheiro, a medida beneficia outros aspectos também relacionados ao sistema elétrico. “Com a adoção do horário de verão, fica mais fácil, por exemplo, programar as manutenções na rede e melhorar as condições de controle em situações de emergência, além de diminuir a necessidade de investimentos para atendimentos localizados e contribuir para a preservação do meio ambiente, com a redução da queima de combustível fóssil pelas termelétricas”, afirma.