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Estado de Minas

Fim de impasse nos Estados Unidos é alívio para o mundo, diz Mantega

O ministro classificou o acordo final de intermediário


postado em 16/10/2013 17:39

O fechamento de um acordo no Senado norte-americano para aumentar temporariamente o teto da dívida pública e desbloquear o Orçamento dos Estados Unidos representa um alívio para a economia global, disse hoje o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Segundo ele, o fim da paralisação da administração pública nos Estados Unidos impediu que a recuperação da atividade econômica em todo o mundo seja ameaçada.

“A economia mundial está em recuperação. Estamos indo até razoavelmente bem, e uma medida dessa natureza [bloqueio do Orçamento e calote da dívida pública norte-americana] poderia emperrar esse processo”, destacou o ministro. “Isso cria uma sensação de insegurança, desconfiança e, portanto, prejudica os negócios de modo geral.”

Mantega ressaltou que a instabilidade no sistema financeiro nos últimos dias pode ter prejudicado a emissão de títulos por empresas brasileiras que queiram captar recursos no exterior. “O governo não fez nenhuma emissão [no mercado internacional], mas imagino que algumas empresas privadas tenham sido prejudicadas porque o mercado ficou um pouco nervoso enquanto a questão não foi resolvida.”


O ministro classificou o acordo final de intermediário. “Acredito numa resolução, mas não exatamente o que o governo americano gostaria, mas alguma coisa intermediária. Eles vão ganhar um fôlego intermediário e continuar empurrando essa questão por algum tempo”, disse Mantega.

No início da tarde de hoje, o Senado dos Estados Unidos anunciou um acordo para encerrar o impasse que paralisava a administração pública do país desde o início do mês. O texto prevê a elevação do teto da dívida americana até pelo menos o próximo dia 7 de fevereiro e a reabertura dos serviços públicos até 15 de janeiro. O acordo precisa ser aprovado pelos deputados e senadores norte-americanos até a meia-noite (hora local, 1h em Brasília) para entrar em vigor.

O ministro também comentou sobre o dólar, que está em R$ 2,17 e registrou a menor cotação desde junho. Segundo ele, a queda do dólar representa um sinal de que não está abalada a confiança dos investidores internacionais no Brasil. “Isso [a queda do dólar] é um testemunho de segurança, de confiança. Significa que está entrando um pouco mais de recurso no país”, disse.

Mantega, no entanto, não descartou a possibilidade de a moeda norte-americana subir novamente, caso haja novas instabilidades no sistema financeiro internacional. “O dólar é flutuante no Brasil. Então temos de admitir que ele flutue tanto para cima quanto para baixo”, concluiu.


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