O diretor do Instituto de Estudos e Políticas Econômicas da Casa das Garças e presidente do Conselho de Ética da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima), Luiz Chrysostomo, defendeu que o foco do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) seja o mercado de capitais, a fim de desenvolver debêntures como instrumento de financiamento de projetos de infraestrutura. Na sua opinião, um dos papéis do banco de fomento seria ampliar o mercado secundário de debêntures por meio de compra dos papéis.
A participação das debêntures e da renda fixa em projetos de concessões e parcerias público-privadas (PPPs) é a alternativa necessária para diminuir a dependência que o País tem do BNDES para projetos de infraestrutura, segundo Chrysostomo.
Apesar da lentidão ser maior que a esperada, o executivo disse que há ações sendo tomadas para o desenvolvimento do mercado de debêntures. Ele citou discussões sobre benefícios fiscais para instituições financeiras negociarem os papéis e definição de regras claras. "O governo entendeu que é preciso desenvolver o mercado secundário para estimular o primário", completou.