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Estado de Minas

Minas Gerais ganha 500 firmas por dia

Levantamento mostra que estado é o segundo em total de empresas ativas e BH é a terceira cidade no ranking nacional, onde aparecem também Uberlândia, Contagem e Juiz de Fora


postado em 18/10/2013 06:00 / atualizado em 18/10/2013 07:23

Ricardo Costa, de 37 anos, e um sócio fundaram há duas semanas a MCR Representações, que negocia a venda de elevadores de um fabricante com sede em São Paulo. “Nossa meta para o próximo mês é um faturamento na casa de três dígitos. Em março de 2014, pretendemos dobrar esse valor. É um ramo que está crescendo bastante em Belo Horizonte”, diz o empresário. Assim como a empresa de Ricardo, centenas de outras são fundadas diariamente no estado. Levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) constatou que 541,8 novos empreendimentos de todos os portes são registrados em Minas a cada 24 horas.

A estatística apurou que 156.583 empresas foram criadas no estado de 1º de janeiro a 16 de outubro desse ano. Por causa disso, o total de firmas ativas em Minas saltou para 1.640.523. Minas é o segundo estado

Ricardo Costa é sócio da MCR Representacoes(foto: Angelo Pettinati/Esp. EM)
Ricardo Costa é sócio da MCR Representacoes (foto: Angelo Pettinati/Esp. EM)
com maior número de empreendimentos, atrás apenas de São Paulo (4.719.372). No Brasil, o total é de 16.137.875 unidades. No ranking das cidades, Belo Horizonte ocupa a terceira posição, com 313.852 empresas.

O primeiro e o segundo lugares são ocupados, respectivamente, por São Paulo (1.513.109) e Rio de Janeiro (610.157). Na lista dos 50 municípios brasileiros com o maior número de empreendimentos, aparecem ainda Uberlândia (71.410), na 20ª posição; Contagem (57.354), no 31º lugar; e Juiz de Fora (54.973), em 37º. As três ocupam posições superiores a algumas capitais, como Vitória (47,6 mil), Aracaju (46,1 mil) e Porto Velho (41,9 mil).

“O valor médio do capital social de todas as empresas brasileiras é de R$ 13,4 mil, sendo que 67% têm capital social de até R$ 10 mil e somente 3% têm capital social superior a R$ 500 mil”, informou o advogado Gilberto Luiz do Amaral, coordenador de estudos do IBPT. Em outras palavras, o especialista quis dizer que a maioria dos cadastros nacionais de pessoas jurídicas (CNPJs) no Brasil se refere a firmas de pequeno porte ou a microempreendedores individuais.

A Lei do Microempreendedor Individual entrou em vigor em julho de 2009 com a proposta de retirar da informalidade diversos profissionais que ganham a vida sem o CNPJ. Para se formalizar, a pessoa precisa ter uma renda anual máxima de R$ 60 mil. Outra contrapartida do microempreendedor individual é pagar, mensalmente, taxa que gira em torno de R$ 40, dependendo da atividade. Por outro lado, o profissional tem direito a aposentadoria, salário-maternidade, auxílio doença, etc. Só em Minas Gerais, de janeiro a anteontem, foram registrados 93,3 mil microempreendedores individuais – média diária de 323 registros.

Desde 2009, o total é de pouco mais de 367,9 mil homens e mulheres. “Essa categoria fortalece a relação da chamada renda de subsistência. A lei que a criou reduziu a economia subterrânea, mostrando para o governo qual o peso real dessa parcela. A tendência é de que o total de empreendedores individuais, hoje em torno de 3,5 milhões de pessoas no país, supere o total de micro e pequenas empresas, atualmente em cerca de 4,6 milhões, dentro de três ou quatro anos”, avaliou Haroldo Santos, consultor do Sebrae Minas.

Idade

O levantamento apurou ainda, em nível nacional, que a idade média das empresas brasileiras é de 8,8 anos: 8,77% têm até 12 meses; 20,6% de um a dois anos; 13,46%, de três a quatro anos; e 17,8% de cinco a nove anos. “Menos de 2% das empresas brasileiras têm mais de 40 anos. Nos países desenvolvidos, observamos que, em média, 10% têm mais de seis décadas”, disse o coordenador de estudos do IBPT, acrescentando que outro indicador revelado pela pesquisa é a formação gerencial dos empreendimentos no país. “Apenas 7% não têm familiares como sócios”.

O faturamento das empresas brasileiras foi de R$ 7,2 trilhões em 2012. A maior parcela (28,26%) coube ao setor industrial, seguido de comércio (26,35%), serviços (19,23%), financeiro (15,51%), agronegócio (7,16%) e entidades e governo (3,495). O estudo completo está disponível no site https://empresometro.com.br.


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