É no dinamismo das fábricas e da geração de empregos no Sul de Minas Gerais, na Zona da Mata e no Centro-Oeste do estado que a indústria tem se salvado de uma desaceleração mais severa do que indica a média dos indicadores da produção estadual e do faturamento das empresas neste ano. A indústria mineira deu marcha a ré em agosto, acumulando perda de 0,8%, desde janeiro, no ritmo das unidades fabris, enquanto no Brasil o resultado ficou positivo, embora a uma taxa modesta, de 1,55%, nos primeiros oito meses de 2013, de acordo com levantamento já divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A receita do setor ficou no vermelho em 1,41% no mês conhecido como de mau agouro, frente a julho, depois de registrada queda das vendas no mercado interno, segundo levantamento da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg).
O interior, no entanto, mostra luz no céu de nuvens carregadas de 2013. Na tentativa de identificar alguns oásis que seguram o desempenho o setor, a Fiemg avaliou a performance de seis regiões de Minas, usando índices próprios, dados do IBGE; do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego; das exportações medidas pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic); e da Secretaria de Estado da Fazenda. A arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) segue em alta, na contramão do faturamento, sacrificado pela baixa das exportações e o encolhimento do mercado interno.
Em comum, novos investimentos realizados, a despeito do baixo crescimento da economia, e a capacidade de manter e gerar empregos explicam a situação das áreas mais dinâmicas do interior de Minas, observa o gerente de Economia e Finanças da Fiemg, Guilherme Veloso Leão. São os casos de Pouso Alegre, meca do Sul de Minas; Divinópolis, no Centro-Oeste; e Juiz de Fora, na Zona da Mata. A reação das indústrias de alimentos, calçados, máquinas e produtos eletrônicos é que tem garantido a performance dessas regiões acima daquelas mais afetadas: o Vale do Aço mineiro e a Grande Belo Horizonte.
“O mau desempenho dos indicadores industriais é explicado pela redução da demanda de segmentos importantes em Minas, como a indústria extrativa mineral, a siderurgia e a fabricação de produtos de metal (basicamente as estruturas metálicas)”, afirma. O Norte de Minas, por sua vez, também tem se destacou nas contratações da indústria, influenciado pelos aportes recentes dos fabricantes de calçados Marluvas, empresa especializada na produção de sapatos de segurança, e Alpargatas, que inaugurou no sábado uma unidade fabril das sandálias Havaianas em Montes Claros.
Fôlego regional Na média geral da indústria mineira, o emprego continuou positivo em 3,77% de janeiro a agosto, na comparação com idêntico período do ano passado, mas teve retração de 0,25% frente a julho. A geração de postos formais de trabalho, medida pelo Caged, de janeiro a setembro, no entanto, retrata boa performance no interior. Como destaca o economista Guilherme Leão, houve mais vagas abertas do que eliminadas no Sul, Norte, Centro-Oeste de Minas e na Zona da Mata (veja o quadro). Na direção oposta, a Grande BH perdeu 19,5 mil empregos na indústria e o Vale do Aço cortou 1.639 vagas.
As fábricas de móveis do polo de Ubá, na Zona da Mata, são bom exemplo da volta por cima da indústria, apesar das revisões de um crescimento de 5% para vendas estáveis neste ano, informa o presidente do Sindicato Intermunicipal da Indústria do Mobiliário, Michel Pires. O setor correu atrás de novos clientes no Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país e colhe, agora, os resultados dos investimentos feitos nos últimos dois anos em modernização de máquinas e da estrutura das linhas de produção. “Contornamos a baixa das vendas com aumento da produtividade e a busca de mais clientes”, afirma.
Investimento com o mesmo objetivo tem sido realizado pela indústria de confecções de Divinópolis, polo da moda mineira, que influenciou na melhora dos indicadores do setor. O projeto Minas veste Minas, lançado pela Fiemg e o governo estadual , vem apoiando as empresas na estratégia comercial, de acordo com o presidente da Fiemg regional do Centro-Oeste mineiro, Afonzo Gonzaga. A valorização do dólar ante o real ajudou, de outro lado, as fábricas exportadoras de fundição e de ferro-gusa. “Apesar das dificuldades, estamos otimistas e buscamos manter e ampliar a clientela”, diz Gonzaga.
O interior, no entanto, mostra luz no céu de nuvens carregadas de 2013. Na tentativa de identificar alguns oásis que seguram o desempenho o setor, a Fiemg avaliou a performance de seis regiões de Minas, usando índices próprios, dados do IBGE; do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego; das exportações medidas pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic); e da Secretaria de Estado da Fazenda. A arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) segue em alta, na contramão do faturamento, sacrificado pela baixa das exportações e o encolhimento do mercado interno.
Em comum, novos investimentos realizados, a despeito do baixo crescimento da economia, e a capacidade de manter e gerar empregos explicam a situação das áreas mais dinâmicas do interior de Minas, observa o gerente de Economia e Finanças da Fiemg, Guilherme Veloso Leão. São os casos de Pouso Alegre, meca do Sul de Minas; Divinópolis, no Centro-Oeste; e Juiz de Fora, na Zona da Mata. A reação das indústrias de alimentos, calçados, máquinas e produtos eletrônicos é que tem garantido a performance dessas regiões acima daquelas mais afetadas: o Vale do Aço mineiro e a Grande Belo Horizonte.
“O mau desempenho dos indicadores industriais é explicado pela redução da demanda de segmentos importantes em Minas, como a indústria extrativa mineral, a siderurgia e a fabricação de produtos de metal (basicamente as estruturas metálicas)”, afirma. O Norte de Minas, por sua vez, também tem se destacou nas contratações da indústria, influenciado pelos aportes recentes dos fabricantes de calçados Marluvas, empresa especializada na produção de sapatos de segurança, e Alpargatas, que inaugurou no sábado uma unidade fabril das sandálias Havaianas em Montes Claros.
Fôlego regional Na média geral da indústria mineira, o emprego continuou positivo em 3,77% de janeiro a agosto, na comparação com idêntico período do ano passado, mas teve retração de 0,25% frente a julho. A geração de postos formais de trabalho, medida pelo Caged, de janeiro a setembro, no entanto, retrata boa performance no interior. Como destaca o economista Guilherme Leão, houve mais vagas abertas do que eliminadas no Sul, Norte, Centro-Oeste de Minas e na Zona da Mata (veja o quadro). Na direção oposta, a Grande BH perdeu 19,5 mil empregos na indústria e o Vale do Aço cortou 1.639 vagas.
As fábricas de móveis do polo de Ubá, na Zona da Mata, são bom exemplo da volta por cima da indústria, apesar das revisões de um crescimento de 5% para vendas estáveis neste ano, informa o presidente do Sindicato Intermunicipal da Indústria do Mobiliário, Michel Pires. O setor correu atrás de novos clientes no Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país e colhe, agora, os resultados dos investimentos feitos nos últimos dois anos em modernização de máquinas e da estrutura das linhas de produção. “Contornamos a baixa das vendas com aumento da produtividade e a busca de mais clientes”, afirma.
Investimento com o mesmo objetivo tem sido realizado pela indústria de confecções de Divinópolis, polo da moda mineira, que influenciou na melhora dos indicadores do setor. O projeto Minas veste Minas, lançado pela Fiemg e o governo estadual , vem apoiando as empresas na estratégia comercial, de acordo com o presidente da Fiemg regional do Centro-Oeste mineiro, Afonzo Gonzaga. A valorização do dólar ante o real ajudou, de outro lado, as fábricas exportadoras de fundição e de ferro-gusa. “Apesar das dificuldades, estamos otimistas e buscamos manter e ampliar a clientela”, diz Gonzaga.