A Espanha saiu de dois anos de recessão no terceiro trimestre com um crescimento de 0,1%, anunciou o Banco da Espanha, que geralmente tem seus cálculos confirmados pelos dados oficiais. O aumento do PIB, "após nove trimestres consecutivos de queda", é acompanhado por uma melhora na frente de trabalho, já que o Banco da Espanha antecipa que o desemprego registrará o "índice menos desfavorável desde o início da crise".
O índice de desemprego espanhol no segundo trimestre foi de 26,3%. Os dados oficiais sobre o crescimento no terceiro trimestre serão publicados pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE) em 30 de outubro de forma provisória, e em 28 de novembro de maneira definitiva.
A quarta maior economia da Eurozona, abalada pela explosão da bolha imobiliária em 2008 e pela crise financeira internacional, enfrenta a segunda recessão em cinco anos. "Mas durante o terceiro trimestre, a economia espanhola prolongou a melhora gradual que vem sendo observada desde o início do ano, em um ambiente caracterizado por um certo alívio nas tensões financeiras e uma melhora na confiança", afirma o Banco da Espanha em seu boletim mensal.
No conjunto do ano, o governo da Espanha prevê uma queda do PIB de 1,3%, depois do retrocesso de 1,6% em 2012. Para 2014, Madri espera um resultado de 0,7%. Mas o desemprego permanecerá como o principal problema da economia espanhola, com índice previsto de 26,6% no fim de 2013 e de 25,9% em 2014.