As dívidas de governos da zona do euro continuaram subindo no segundo trimestre, um lembrete de que, apesar ter retomado o crescimento, o bloco ainda precisa lidar com um de seus principais problemas.
Dados da Eurostat, a agência de estatísticas da União Europeia, mostraram que as dívidas combinadas dos 17 governos da zona do euro avançaram para 93,4% do Produto Interno Bruto (PIB) nos três meses até junho, de 92,3% no primeiro trimestre e 89,9% em igual período do ano passado.
Pelas regras da UE, os governos do bloco devem manter suas dívidas num patamar igual a ou abaixo de 60% do PIB. O governo da Grécia tinha a maior dívida no segundo trimestre, equivalente a 169,1% do PIB, ante 160,5% no primeiro trimestre e muito acima de níveis considerados sustentáveis.
A maior elevação de dívida foi registrada pelo Chipre, que este ano obteve um pacote de resgate da zona do euro e do Fundo Monetário Internacional (FMI) para tentar contornar com sua crise bancária. A dívida cipriota saltou para 98,3% do PIB no segundo trimestre, de 87,5% nos três meses anteriores. A Alemanha, por outro lado, reduziu sua dívida a 79,8% no segundo trimestre, de 80,5% no primeiro trimestre.