As saídas de dólares do país ainda superam a entrada no acumulado do ano até o dia 18 de outubro. O saldo está negativo em US$ 4,300 bilhões, conforme informou o Banco Central. Em setembro, pela primeira vez no ano, o resultado acumulado foi para o terreno negativo.
Se prevalecer essa trajetória nos próximos meses, o Brasil voltará a ver seu fluxo cambial fechar um ano no vermelho pela primeira vez desde 2008, auge da crise financeira internacional. No encerramento do ano passado, o saldo foi positivo em US$ 16,7 bilhões. Em 2011, a quantia de US$ 65,3 bilhões tinha sido a melhor desde 2007 e, em 2010, de US$ 24,3 bilhões. Em 2009, o saldo também foi positivo (US$ 28,7 bilhões), depois de registrar saídas líquidas de US$ 938 milhões em 2008.
O resultado acumulado este ano até agora é composto por uma fatia negativa de US$ 12,745 bilhões do segmento financeiro e positiva de US$ 8,445 bilhões do comercial. No mesmo período de 2012, o fluxo total estava positivo em US$ 24,040 bilhões.
Em outubro, até o dia 18, o fluxo cambial está negativo em US$ 4,479 bilhões. As operações financeiras responderam por um saldo líquido negativo de US$ 3,081 bilhões, diferença entre entradas de US$ 17,813 bilhões e saídas de US$ 20,894 bilhões.
No comércio exterior, o saldo também está negativo no mês, em US$ 1,398 bilhão, com importações de US$ 12,105 bilhões e exportações de US$ 10,707 bilhões. Nas exportações, estão inclusos US$ 1,506 bilhão em Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC), US$ 2,028 bilhões em Pagamento Antecipado (PA) e US$ 7,174 bilhões de "demais" operações.
Na semana de 14 a 18 de outubro, a saída de dólares no País superou a entrada em US$ 140 milhões. As operações financeiras responderam por uma saída líquida de US$ 1,234 bilhão na semana passada, diferença de ingressos de US$ 6,661 bilhões e retiradas de US$ 7,895 bilhões. No comércio exterior, o saldo foi positivo em US$ 1,094 bilhão, com importações de US$ 4,084 bilhões e exportações de US$ 5,178 bilhões - nas vendas externas, já estão contabilizados US$ 556 milhões de Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC) e US$ 795 milhões de Pagamento Antecipado (PA), além de US$ 3,827 bilhões de "demais" operações.