O Sindicato dos Metalúrgicos de Betim e Região realizou uma manifestação, que fechou parte da BR-381 no início da manhã desta sexta-feira em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A produção da montadora foi paralisada em média em 30 minutos, já que os ônibus que levavam os funcionários da Fiat para a fábrica ficaram bloqueados na rodovia. A categoria dos metalúrgicos está em campanha salarial unificada desde o final de julho, reivindicando melhorias salariais. De acordo com o sindicato, a categoria lutava por um reajuste de 13%, mas reduziu a demanda para 10% de aumento, enquanto os empresários propõem 5,9%.
Segundo o presidente do sindicato, João Alves de Almeida, após sete rodadas de negociações, o impasse permanece, já que os empresários querem a implantação do banco de horas para categoria
como condição para a negociação do aumento real. "O principal entrave para a negociação é a insistência em implantar o banco de horas para os metalúrgicos. A categoria não aceita por experiências negativas aqui em Minas e não vamos abrir essa discussão. Funcionários da Brembo, fornecedora de peças para a Fiat, Toshiba e Denso Máquinas Rotantes estão em estado de greve", ressaltou o presidente.
Os protestos aconteceram no momento da troca de turno dos funcionários da Fiat, que começa às 6h, quando cerca de 10 mil trabalhadores chegavam à fábrica. De acordo com o sindicato, uma nova reunião de conciliação entre as indústrias e os sindicalistas está prevista para esta sexta-feira pela manhã, em Belo Horizonte. Minas Gerais tem 250 mil metalúrgicos.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o protesto começou por volta das 5h no km 483 da rodovia. Em seguida, os manifestantes começaram a de deslocar à pé em direção à Fiat, num trajeto de três quilômetros.
Por causa da passeata, às 6h30, o congestionamento na BR-381 chegou a 4 quilômetros no sentido Betim. Para evitar o trecho, a polícia orientou os motoristas a passarem pela Via Expressa. A passeata terminou às 7h, mas o trânsito ainda estava lento no trecho.