O Índice de Confiança da Indústria (ICI) ficou em -0,2% no trimestre de agosto a outubro, ao passar de 98 pontos para 97,8 pontos. Esse foi o nível mais baixo desde 2009 quando foi registrado 95,7 pontos, mas indica estabilidade, segundo classifica o Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas (FGV). O órgão é responsável pelo ICI apurado na pesquisa Sondagem da Indústria de Transformação.
Desde maio, as variações têm sido negativas e o pior momento foi em julho quando a taxa apontou um recuo de 4%. Naquele período, o nível de avaliação empresarial passou de 103,8 pontos para 99,6 pontos. Já no trimestre atual, a percepção dos empresários é a de que, nos próximos meses, o ambiente será mais favorável para fazer bons negócios.
Segundo a pesquisa, houve um recuo de 0,8% no Índice da Situação Atual (ISA), com o nível em 98,1 pontos, enquanto nas consultas sobre o Índice de Expectativas (IE) ocorreu elevação de 0,4% com 97,5 pontos. O IBGE detectou, ainda, um recuo de 3,2% na satisfação com a situação atual dos negócios, o menor nível desde julho de 2009.
Entre os consultados, 19,8% consideraram o atual momento como bom, parcela menor que na apuração passada (23,1%). A proporção dos que avaliaram como fraca ficou estável, ao passar de 18,2% para 18,3%.
Mesmo diante dessa avaliação, os empresários consultados estão mais otimistas que no trimestre anterior sobre a melhora da economia. Entre os sinais de melhora está a intenção de ampliar o quadro de empregados nos próximos três meses. Esse plano foi apontado por 14,8% ante 13,9%, no trimestre encerrado em setembro.
Paralelamente caiu de 11,7% para 10,4%, o grupo de empresários que acenam com corte de pessoal. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) também indicou estabilidade com 84,1% ante 84,1%.