Um dia após os investidores festejarem a proposta da Petrobras encaminhada ao Conselho de Administração para se adotar reajustes automáticos e periódicos dos preços de combustíveis, a sua presidente Graça Foster defendeu ontem "alguma independência" entre a companhia e o Brasil. Segundo ela, a necessidade de alinhar os valores da gasolina e do diesel cobrado pela estatal petrolífera no mercado doméstico às cotações internacionais é fundamental não só para reduzir a defasagem, mas também respeitar os interesses de parceiros corporativos.
A empresa tem sua produção praticamente estagnada desde 2006 e tenta virar o jogo logo no começo do ano, além de buscar reduzir perdas com a contenção dos repasses de preços dos combustíveis dentro da política do governo de combate à inflação. Num movimento de realização de lucros embolsados na véspera no embalo da proposta de "gatilho" de reajustes, com altas de quase 10%, as ações da Petrobras caíram 0,5% ontem. (SR)
Dívida da OGX
A OGX, petroleira do grupo do empresário Eike Batista, anunciou ontem ter encerrado sem sucesso as conversas com donos de US$ 3,6 bilhões em títulos da empresa com vencimento de 2018 a 2022. A reestruturação da dívida rejeitada pelos credores estrangeiros previa uma redução da fatia dos sócios minoritários no capital de 49,75% para 5%. A OGX, com um endividamento total de US$ 5 bilhões, se prepara para entrar com pedido de recuperação judicial até amanhã. Se confirmado, o processo será o maior da história de uma empresa latino-americana.