O ministro da Fazenda, Guido Mantega, evitou responder a perguntas dos jornalistas sobre uma possível mudança na meta de superávit primário. Ele, no entanto, reforçou o argumento de que o resultado ruim de setembro é explicado por despesas adicionais que não ocorrerão nos próximos meses. "O secretário (Arno) Augustin já falou muito sobre o resultado fiscal, eu quero falar sobre o nosso esforço permanente para reduzir ou controlar as despesas", disse.
"Nós estamos a todo momento buscando tomar medidas para reduzir custos e melhorar o resultado fiscal. Algumas despesas estão ganhando envergadura e é para elas que estamos olhando", afirmou. Mantega disse que as grandes despesas - servidor público, juros da dívida e Previdência - estão sob controle.
O ministro destacou o pagamento do 13º salário pela Previdência no mês passado, o que gerou um déficit de R$ 11 bilhões, e as transferências de pouco mais de R$ 2 bilhões para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).
As contas do governo central apresentaram em setembro um déficit de R$ 10,473 bilhões, o pior resultado desde dezembro de 2008, quando foi de R$ 19,994 bilhões. Também foi o pior setembro em 17 anos. É o segundo mês consecutivo com o pior resultado para o mês da série histórica.