A petroleira OGX do empresário Eike Batista deixou de ser cotada nos índices da Bolsa de São Paulo, fechando em seu mínimo histórico de R$ 0,13 (-23,53%), informou a bolsa. A empresa - cujas ações chegaram a ser cotadas a um máximo de 23 reais em 2010 - entrou com um pedido de recuperação judicial na quarta-feira ao não conseguir um acordo com os credores para reestruturar sua enorme dívida.
A bolsa fechou em alta de 0,15% a 54.256 pontos, depois de dois dias de queda influenciada pelas ações da petroleira. Na quarta-feira, a queda da OGX (-26,09%) levou à queda da bolsa, que fechou em 54.172 pontos (-0,67%).
A OGX informou na terça-feira que não chegou a um acordo com seus credores internacionais, aos quais deixou de pagar, no dia 1º de outubro, 45 milhões de dólares em juros. A companhia tinha então 30 dias para tentar negociar.
Contudo, diante do fracasso do acordo, entrou com um pedido de recuperação judicial em um tribunal no Rio de Janeiro. Um juiz da área empresarial decidirá se o pedido é viável e nesse caso a OGX terá 60 dias para traçar um plano de reestruturação, que deverá ser submetido aos credores.
O processo pode durar até um ano e significou sua saída de dez índices da bolsa, incluindo o Ibovespa, o mais importante. A companhia continuará sendo cotada fora deles. Pelo nível de suas dívidas - até 11,8 bilhões de reais - o processo de recuperação judicial da OGX é o maior na América Latina desde 1990, segundo um relatório da agência de classificação de risco Moody's.