As captações domésticas responderam pela maior parte do funding das companhias brasileiras em outubro, disse a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima) em seu boletim mensal. De acordo com a associação, foram emitidos R$ 15,3 bilhões no mercado local, o segundo maior valor mensal de 2013, atrás apenas de abril, quando foram emitidos R$ 25,4 bilhões. O incremento de abril foi influenciado pela oferta inicial da BB Seguridade, de R$ 11,5 bilhões.
O segmento de renda fixa concentrou as captações domésticas em outubro, com as debêntures na liderança. O total de emissões de debêntures de outubro foi de R$ 6,2 bilhões. A Anbima disse que, embora a maior parte do volume de emissões de debêntures tenha se concentrado em emissões com esforços restritos (R$ 3,9 bilhões), mereceu destaque a participação das registradas via ICVM 400, que corresponderam a 37,5% do total em outubro; e das debêntures de infraestrutura, que responderam por 22%.
O destaque na renda fixa, no entanto, foram os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), que chegaram a R$ 4,8 bilhões no mês, volume superior ao total emitido entre janeiro e setembro deste ano (R$ 3,8 bilhões). O aumento das emissões de CRI é explicado, de acordo com a Anbima, por duas grandes operações via ICVM 476. As quatro operações com ações realizadas em outubro somaram apenas R$ 1,6 bilhão, elevando o montante captado com estes ativos no ano para R$ 20,4 bilhões.
As captações externas, que permanecem concentradas no segmento de renda fixa, também apresentaram volume modesto no mês, de US$ 2,5 bilhões. Com isso, o volume acumulado em 2013, de US$ 34,3 bilhões, apresentou redução de 23% em comparação ao mesmo período de 2012, quando foi de US$ 44,6 bilhões.