Aumentar o salário em 50% e conseguir uma melhor colocação no mercado de trabalho fizeram o auxiliar administrativo Renato Del Cantoni deixar a empresa em que ele trabalhava havia oito anos. Sem possibilidade de crescimento onde estava e almejando ganhos maiores, ele não pensou duas vezes para aceitar nova proposta de trabalho, há duas semanas. Ao contrário do que especialistas de carreira sugerem, para permanecer no emprego, o dinheiro se sobrepõe a outros fatores, como clima interno, possibilidade de crescimento e realização pessoal, para 78% dos profissionais. É o que aponta pesquisa do Ateliê de Pesquisa Organizacional, que ouviu mais de 200 pessoas em diferentes empresas.
A sócia-diretora do Ateliê de Pesquisa Organizacional e da ComSenso – Agência de Estudos do Comportamento, Suzy Cortoni, afirma que o dinheiro foi o aspecto que menos surpreendeu no levantamento. “Hoje, ninguém tem mais vergonha de dizer que trabalha por dinheiro ou que não está satisfeito com o que ganha. Isso não era bem aceito antes”, comenta. Ainda de acordo com ela, essa é uma tendência dos tempos modernos e das novas gerações, que mudaram a visão sobre a relação com o trabalho. “As questões financeiras estão vindo em primeiro lugar. É o que você tem e o que você ainda pode ter”, relata.
Os consultores de carreira, no entanto, alertam que o salário está longe de ser o único elemento a influenciar a satisfação dos profissionais. Em relação a isso, a pesquisa aponta que o clima interno é um ponto positivo e que, caso não haja bom relacionamento dentro da empresa, o esforço pelo dinheiro duraria pouco tempo. Para 45% dos entrevistados, oportunidade de crescimento também é importante. E 44% disseram que precisam se sentir realizados.
A presidente da Dasein Executive Search, Adriana Prates, empresa especializada em recrutamento de executivos, acredita que os mais jovens colocam em primeiro lugar questões como qualidade de vida e flexibilização de horários, para depois pensar em salário. Os mais experientes buscam primeiro empresas que têm os mesmos valores que eles, como ética, bom ambiente de trabalho e oportunidade de crescimento, para depois pensar no dinheiro. “Colocar o salário em primeiro lugar vem na contramão do que é visto hoje na maioria das empresas”, explica.
O consultor corporativo e neurocientista do Instituto Brasileiro de Gestão Avançada (IBGA), Aguilar Pinheiro, argumenta que não adianta ter um salário elevado, se não há condições favoráveis de trabalho. “Existem outros fatores que levam à felicidade que são discutidos dentro de uma empresa. Quando esses dados são trabalhados de forma conjunta, a situação financeira nunca vem em primeiro lugar”, ressalta.
Outro dado relevante da pesquisa diz sobre a felicidade no trabalho. Dos entrevistados, 25% se sentem muito felizes e 54% se consideram felizes no emprego, enquanto 5% dizem ser infelizes. O estudo aponta ainda que as mulheres são mais felizes que os homens, 55% contra 53%. Na mesma linha, os gestores são mais felizes do que quem não ocupa cargo de liderança (80% contra 76%). No total, 79% dos entrevistados estão satisfeitos com a própria carreira. Ainda segundo o levantamento, disputas internas, pressão e não ter tempo para cuidar de assuntos pessoais são os fatores que mais levam à infelicidade no trabalho.
A sócia-diretora do Ateliê de Pesquisa Organizacional e da ComSenso – Agência de Estudos do Comportamento, Suzy Cortoni, afirma que o dinheiro foi o aspecto que menos surpreendeu no levantamento. “Hoje, ninguém tem mais vergonha de dizer que trabalha por dinheiro ou que não está satisfeito com o que ganha. Isso não era bem aceito antes”, comenta. Ainda de acordo com ela, essa é uma tendência dos tempos modernos e das novas gerações, que mudaram a visão sobre a relação com o trabalho. “As questões financeiras estão vindo em primeiro lugar. É o que você tem e o que você ainda pode ter”, relata.
Os consultores de carreira, no entanto, alertam que o salário está longe de ser o único elemento a influenciar a satisfação dos profissionais. Em relação a isso, a pesquisa aponta que o clima interno é um ponto positivo e que, caso não haja bom relacionamento dentro da empresa, o esforço pelo dinheiro duraria pouco tempo. Para 45% dos entrevistados, oportunidade de crescimento também é importante. E 44% disseram que precisam se sentir realizados.
A presidente da Dasein Executive Search, Adriana Prates, empresa especializada em recrutamento de executivos, acredita que os mais jovens colocam em primeiro lugar questões como qualidade de vida e flexibilização de horários, para depois pensar em salário. Os mais experientes buscam primeiro empresas que têm os mesmos valores que eles, como ética, bom ambiente de trabalho e oportunidade de crescimento, para depois pensar no dinheiro. “Colocar o salário em primeiro lugar vem na contramão do que é visto hoje na maioria das empresas”, explica.
O consultor corporativo e neurocientista do Instituto Brasileiro de Gestão Avançada (IBGA), Aguilar Pinheiro, argumenta que não adianta ter um salário elevado, se não há condições favoráveis de trabalho. “Existem outros fatores que levam à felicidade que são discutidos dentro de uma empresa. Quando esses dados são trabalhados de forma conjunta, a situação financeira nunca vem em primeiro lugar”, ressalta.
Outro dado relevante da pesquisa diz sobre a felicidade no trabalho. Dos entrevistados, 25% se sentem muito felizes e 54% se consideram felizes no emprego, enquanto 5% dizem ser infelizes. O estudo aponta ainda que as mulheres são mais felizes que os homens, 55% contra 53%. Na mesma linha, os gestores são mais felizes do que quem não ocupa cargo de liderança (80% contra 76%). No total, 79% dos entrevistados estão satisfeitos com a própria carreira. Ainda segundo o levantamento, disputas internas, pressão e não ter tempo para cuidar de assuntos pessoais são os fatores que mais levam à infelicidade no trabalho.