Depois de subir cerca de 1,05% na véspera, o dólar comercial opera em queda na manhã desta sexta-feira. Por volta das 11h (horário de Brasília), a moeda norte-americana recuava 0,19%, cotada a R$ 2,302 para a venda.
O dólar subiu na quinta-feira e fechando cotado a R$ 2,306. Foi a primeira vez que a moeda americana ultrapassou a casa dos R$ 2,30 desde 6 de setembro, quando marcou R$ 2,307. O principal motivo para o movimento de ontem foram os dados positivos da economia dos Estados Unidos - o PIB americano teve expansão de 2,8% no terceiro trimestre, uma alta maior que os 2% previstos pelo mercado.
Esse avanço, apesar de posteriormente relativizado por alguns analistas, deu força ao dólar, em meio à percepção de que uma economia mais forte eleva a possibilidade de o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) começar a reduzir seus estímulos dos EUA já em dezembro. Por essa lógica, se o BC americano diminuir suas compras mensais de bônus, haverá menos dólares no mundo, o que dá força à moeda americana.
O crescimento da economia americana provocou a alta do dólar em todos os mercados globais, mas, no Brasil, como vem ocorrendo nas sessões mais recentes, a pressão de alta foi superior à vista no exterior, em razão da desconfiança do mercado em relação à política fiscal do governo brasileiro. “O mercado está se antecipando à retirada de estímulos nos Estados Unidos. E o fluxo cambial que se esperava (para o Brasil) não se tornou realidade, porque o cenário ruim para o País é muito evidente”, disse Sidney Nehme, sócio da NGO Corretora. (Com Agência Estado)