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Estado de Minas

Roupas ganham espaço no carrinho dos supermercados

Seção de vestuário passa a ter mais importância nas redes. Peças da moda respondem por até 10% das vendas


postado em 09/11/2013 07:08 / atualizado em 09/11/2013 07:16

Weverton Carlos com a mulher Tainá e as filhas Emanuelle e Tauani : todas as compras em um só lugar(foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)
Weverton Carlos com a mulher Tainá e as filhas Emanuelle e Tauani : todas as compras em um só lugar (foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)

O mundo da moda chegou às gôndolas dos supermercados. A seção de vestuário, antes limitada a peças mais simples e em araras nos cantinhos das lojas, agora começa a ter coleções de estilistas de renome e inspiradas em lojas de grife. Os supermercadistas não divulgam números, mas a estimativa do setor é de que o segmento têxtil já chegue a ocupar entre 5% e 10% do faturamento das redes. “É uma prática em outros países e tendência por aqui. Os grandes supermercados têm mix forte e completo em alguns setores e podem aproveitar para dar mais valor aos têxteis. São produtos com margens boas”, afirma Nuno Fouto, coordenador de pesquisas do Programa de Administração do Varejo (Provar).

Redes como supermercados Extra (do Grupo Pão de Açúcar), Walmart, Consul (no Vale do Aço) e Baronesa (Pouso Alegre) estão apostando na seção de têxtil para alavancar as vendas. A rede de supermercados trabalha com o conceito de one stop shop, para que o consumidor encontre tudo em um só local. A seção de têxtil do grupo foi totalmente reformulada, com novo leiaut, provador, manequins e caixas com atendimento exclusivo. O estilista Marcelo Sommer assina pelo segundo ano consecutivo coleções exclusivas da loja. Este ano foi a vez de a atriz Grazi Massafera representar a linha do Extra, depois de Camila Pitanga.

“A ideia é fazer com que o cliente encontre nas lojas o que vai abastecer a dispensa e também o armário, além de roupa de cama e eletrodoméstico”, diz Sidnei Fernandes de Abreu, diretor-comercial responsável pelo segmento têxtil do Pão de Açúcar.
O Walmart Brasil conta com as marcas próprias George, Simply Basic, 725 e Athletic Works, que traduzem algumas tendências de moda para as gôndolas. “Nós não vendemos mais produtos se não tiver a cor da moda”, diz Eliane de Souza Sachet, diretora comercial têxtil do Walmart. Com até R$ 100 é possível montar um look completo de praia, segundo Eliane. A rede Consul, com quatro unidades no Vale do Aço (três em Ipatinga e uma em Timóteo), conta com 5 mil itens na seção de têxtil, entre roupas, acessórios e lingeries. “A participação desses produtos vem aumentando gradativamente”, diz Matusalém Dias Sampaio, presidente da Consul. Os itens de moda representam, em média, 3,2% das vendas da rede.

O ajudante de pintor Weverton Carlos de Morais foi ontem com a família fazer compras no supermercado. A mulher, Tainá Tabata Sabino Jesus, aproveitou para olhar se tinha roupas para uma das filhas, uma vez que Emanuelle e Tauani, que estavam com ela. “Sempre pesquiso a parte do vestuário para ver se tem alguma coisa com bom preço”, diz. Ela tem três filhas e afirma comprar com frequência roupas para toda a família no supermercado. “A qualidade dos produtos tem melhorado. E a grande vantagem é que faço tudo em um lugar só. Não tenho muito tempo para ir de loja em loja”, diz. A arquiteta Sofia Cunha foi fazer compras e aproveitou para olhar sapato para os filhos. Encontrou um por R$ 39,90. “Em loja pode ser quase o dobro”, observa.


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