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Estado de Minas

Flamengo e Corinthians desanimam indústria de fogos de artifício


postado em 12/11/2013 06:00 / atualizado em 12/11/2013 07:43

Marcos Vinícius Oliveira, da Minas Pirotécnica, municia Willian Cabral para festejar o título que ele espera ver o time conquistar amanhã (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Marcos Vinícius Oliveira, da Minas Pirotécnica, municia Willian Cabral para festejar o título que ele espera ver o time conquistar amanhã (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)

Apesar dos avanços das vendas no varejo, os resultados positivos dos clubes da capital mineira não são vistos com bons olhos pela indústria. Melhor, os fabricantes mineiros, quem diria, torcem por títulos de equipes paulistas e fluminenses, por se tratarem dos clubes com maior torcida no país, como Flamengo, Corinthians, São Pauo e Vasco da Gama. Neste ano, todos eles tiveram campanhas pífias, o que resultou em queda drástica do setor, principalmente pelo fato de o ano passado ter sido excelente para os negócios, com a conquista da Libertadores e do Mundial de Clubes pelo Corinthians. As vendas ligadas ao futebol conseguiram somente empatar com as festas juninas, que, em dois meses, movimentaram o mesmo que o esporte preferido no país rendeu o ano inteiro.

Santo Antônio do Monte é a cidade com maior produção de fogos de artifícios da América Latina. No mundo, apenas os chineses fabricam mais. As cerca de 70 empresas do município são responsáveis por fornecer para todo o país e para vizinhos (Argentina, Bolívia, Paraguai e Uruguai são importadores). “Se os times paulistas vão bem, isso repercute o ano inteiro. Neste ano, teve aumento de vendas para BH, mas São Paulo sumiu. Ninguém ganhou nada”, afirma o presidente do Sindicato das Indústrias de Explosivos do Estado de Minas Gerais (Sindiemg), Jorge Filho Lacerda.

Outro fator decisivo para a indústria considerar o ano pior em relação a 2012 é que não houve campanha eleitoral. Normalmente, o período que antecede os pleitos municipais (as eleições para presidente e governador não são tão boas) é tido como o segundo melhor para o setor, atrás somente do réveillon, responsável por até 60% das vendas do ano. Por cerca de dois meses, segundo Lacerda, os políticos fazem foguetórios no interior para chamar atenção de eleitores em eventos com a participação dos candidatos. No ano passado, inclusive, chegou a faltar produtos no mercado.

No ano que vem, a expectativa do sindicato de explosivos é de que a Copa’2014 garanta aumento de 30% nas vendas totais, principalmente depois de uma base comparativa mais baixa – os resultados deste ano. Resta saber se Atlético e Cruzeiro farão bonito novamente ou se os clubes de outros estados conseguirão bater os mineiros e garantir a comemoração da indústria pirotécnica do interior mineiro.


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