O volume de vendas no comércio varejista mineiro cresceu 1% em setembro em relação ao mês de agosto deste ano - série com ajuste sazonal -, frente a um aumento de 0,5% do país, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta quarta-feira.
O resultado do estado foi o sexto melhor entre as 27 unidades da federação, sendo que dez delas apresentaram resultados negativos. Em Minas Gerais, os resultados mostram que o nível de vendas na atividade comercial - varejo restrito, exclusive veículos e material de construção - voltou a mostrar crescimento a partir junho de 2013 após permanecer cerca de 15 meses praticamente estagnado.
O resultado positivo de setembro é o quarto consecutivo, acumulando uma alta de 3,2% no período. Para o Brasil, embora com oscilações, o IBGE observou um pequeno crescimento ao longo do ano, que se acelerou fortemente a partir de junho, chegando a uma variação acumulada de 4% frente a maio de 2013.
Na comparação entre setembro deste ano e o mesmo mês do ano anterior, houve crescimento de 1,2% no comércio mineiro enquanto no Brasil observou-se uma ampliação de 4,1%. Os resultados acumulados em 12 meses foram de 1,0% e 4,8%, respectivamente.
A atividade de venda de móveis e eletrodomésticos deve parte dos resultados positivos à política de incentivo do governo ao consumo, através da manutenção de alíquotas de IPI reduzidas para móveis e eletrodomésticos. Ademais, o programa Minha Casa Melhor tem contribuído para um maior desempenho da atividade desde julho de 2013, data da implementação, especialmente no caso de móveis, cujas vendas vinham apresentando resultados negativos, nesse tipo de comparação, ao longo de 2013 e desde junho voltaram a crescer, tanto no Brasil quanto em Minas Gerais.
Chama a atenção ainda a diferença de comportamento entre o estado e o Brasil para o segmento de venda de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, com resultados negativos em Minas desde o início do ano, tanto no indicador mensal quanto no acumulado em 12 meses. Esse comportamento não é exclusivo de estado, com o resultado acumulado em 12 meses se apresentando negativo no Ceará, Paraná, Santa Catarina e Distrito Federal. O segmento de venda de material de construção continua a se beneficiar dos incentivos fiscais do governo por meio da redução do IPI, previstos para serem mantidos até dezembro.