Boas opções de presentes de Natal, as cestas e kits natalinos se destacam pela variedade de produtos importados e já podem ser encontradas em delicatessens, empórios, lojas especializadas em bebidas e supermercados de Belo Horizonte.
Uísques escoceses, figos turcos, chocolates belgas, champanhes franceses, castanhas europeias e outros mimos exclusivos estão entre os itens que compõem as cestas.
Na Casa Rio Verde, a gerente geral Renata Andrade diz que os preços vão de R$ 269 a R$ 3.190. Já as minicestas de vinhos custam de R$ 139 a R$ 210. A variação cambial, segundo Renata, provoca aumento nos preços em torno de 10%, já que 90% dos produtos são importados. “Ainda assim, a estimativa é de crescimento de 10% a 12% nas vendas em relação ao ano passado.” Segundo ela, as cestas representam 35% do faturamento da loja em dezembro.
O Super Nosso oferece 12 tipos de cestas prontas, cujos preços variam de R$ 100 a R$ 2.990. “Nossa proposta é oferecer uma alternativa às pessoas. É possível encontrar bons presentes longe das vitrines e dos shoppings”, diz a diretora de Marketing, Rafaela Nejm.
Na Royal Empório, já são 40 opções de kits e cestas que chegam a custar R$ 5 mil. “Esperamos 15% de aumento sobre o faturamento do ano passado”, estima o sócio-proprietário Cristovão Moraes. Entre os principais clientes, empresas que já fecharam o pedido no início de outubro. A venda para o consumidor, no entanto, deve ser sentida a partir da segunda quinzena de novembro. “Temos de opções mais em conta, a partir de R$ 29,90, com duas garrafas de vinho, a cestas que levam de nozes a champanhe francês”, explica Moraes. As encomendas, no entanto, devem ser feitas com antecedência.
No Verdemar, segundo o superintende Comercial e de Marketing, Antônio Celso, as cestas começaram a ser vendidas no início do mês, tanto nas lojas físicas quanto no televendas. Com mais de 20 opções, os preços variam de R$ 219 a R$ 4.490. “Esperamos crescimento de 20% nas vendas”, diz. Entre os produtos, ele destaca cestas voltadas para chefs de cozinha, apreciadores de vinho ou de cerveja, entre outros.
O engenheiro Marcos Vinícius Villa Diniz se aproveita da variedade para presentear parceiros comerciais, além de amigos e pessoas próximas. Neste ano deve comprar de 5 a 10 unidades de cestas, com perfis variados. “Por ter vários produtos acaba não sendo uma opção de presente muito personalizado, o que faz com que seja mais prático”, comenta. Ele conta que para fazer uma boa compra opta por pesquisas. “Qualquer variação percentual representa um valor final maior, por isso é importante ficar de olho nos preços”.
INFLAÇÃO
A alta do dólar, segundo Gustavo Soralick, professor de macroeconomia da Fundação Getulio Vargas (FGV), exigirá atenção dos consumidores. “Além do dólar, que impacta produtos como vinho e o panetone importados, há a questão das contratações temporárias que aumenta as despesas fixas e o consumidor pagará isso na ponta”, afirma. Diante disso, o aumento médio, segundo o professor, deve ser de 10%. Uma das alternativas, segundo ele, pode ser a substituição de itens importados pelos nacionais. Outra dica é a pesquisa de preços. “A inflação avança, mas o salário não acompanha. Então, a alta dos preços será um problema que o consumidor vai enfrentar”.