Mais um consórcio entregou, na tarde desta segunda-feira, proposta para o leilão dos aeroportos de Galeão, no Rio, e Confins, em Minas Gerais. Com isso, sobe para pelo menos cinco o número de propostas recebidas nesta segunda pela Agência Nacional de Aviação civil (Anac). Dois consórcios não foram revelados.
A Invepar foi a primeira a anunciar que vai participar do leilão dos aeroportos de Confins, na Grande BH e do Galeão, no Rio de Janeiro. O presidente da empresa, Gustavo Rocha, esteve na manhã desta segunda-feira, na sede da BM&FBovespa, e disse que a companhia participará da disputa, mas não revelou com quais parceiras forma o consórcio. Como a Invepar já tem uma concessão - a do Aeroporto de Guarulhos -, sua participação no consórcio que disputará Galeão e Confins fica limitada a 15%.
Outro consórcio que entregou proposta foi o da OdebrechtTransport e a operadora Changi (Cingapura). Representantes das empresas informaram que o consórcio fez proposta por ambos aeroportos. Os interessados na concessão devem entregar suas propostas pelos ativos na bolsa de valores até as 16 horas. O consórcio AeroBrasil também apresentou nesta segunda, proposta pelos aeroportos.
Potenciais interessados tinham até as 16 horas desta segunda para entregar os envelopes, na sede da BM&FBovespa, em São Paulo. A abertura dos envelopes está marcada para a sexta-feira. Por três décadas, um grupo empresarial será responsável pelo desenvolvimento do complexo aeroportuário. Pela frente, a iniciativa privada terá que considerar alguns obstáculos que tornam o processo de operação menos atrativo. O alto investimento exigido nos primeiros anos de contrato e o chamado risco Pampulha são dois dos pontos-chaves da licitação, que, inclusive, podem ser fatores responsáveis por um temido fracasso do leilão, o que os governos federal e estadual rechaçam, dizendo haver sim empresas interessadas.
Nem só situações problemáticas devem ser consideradas pelos investidores. O projeto de fazer do aeroporto um eixo para desenvolver a Grande BH é favorável, principalmente se considerado que desapropriações foram feitas ao redor do sítio aeroportuário para facilitar sua expansão.
Favorável à concessão do aeroporto, o governo do Estado enxerga capacidade para crescimento rápido do fluxo de carga e passageiros. Ele aponta oportunidade de voos internacionais para pelo menos três cidades: Frankfurt, Nova York e Paris. “Hoje não tem a mínima infraestrutura para voos internacionais”, adverte. Além da possibilidade de Confins participar do transporte de carga para São Paulo. Segundo ele, somente 8% da carga nacional segue de avião para São Paulo. O resto vai de caminhão.
Com Agência Estado