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Estado de Minas

Segurança de cinemas em BH deixa a desejar, mostra pesquisa

Negligência na prevenção pode levar a tragédias como a do incêndio na boate gaúcha, no início do ano, que vitimou 242 jovens


postado em 19/11/2013 09:07 / atualizado em 20/11/2013 10:11

Cinema do BH Shopping, no Bairro Belvedere, em BH (foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)
Cinema do BH Shopping, no Bairro Belvedere, em BH (foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)
A Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) avaliou 40 salas de cinema de dez redes em Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo e encontrou falhas graves de segurança, apesar de funcionarem com respaldo do Corpo de Bombeiros. Segundo a entidade, negligência na prevenção pode levar a tragédias como a do incêndio na boate gaúcha, no início do ano, que vitimou 242 jovens.

Em Belo Horizonte, o Cinemark BH Shopping não tinha sinalização para as saídas de emergência. No Usiminas Belas Artes, a sinalização de proibido fumar estava queimada e no Cinemark Diamond Mall e BH Shopping não havia esta sinalização luminosa. Procurados pela reportagem do em.com.br, a rede Cinemark

informou por meio de nota que "segue todas as normas de segurança vigentes e realiza manutenções periódicas em suas salas e complexos, com o objetivo de evitar desgastes e realizar os reparos necessários na sinalização e em outros equipamentos. A Rede já solicitou uma averiguação interna, para apurar e corrigir os problemas citados", disse. Já o Usiminas Belas Artes ainda não se manifestou sobre o assunto.

No entanto, o problemas mais graves foram detectados em Salvador. As salas Center Lapa, Saladearte Museu e XIV não tinham porta com barras antipânico e o Cinemark Salvador, Cinépolis Bela Vista e Center Lapa estavam com obstruções nas saídas de emergência ou aos extintores de incêndio. No Cine Vivo, não havia extintores na sala e o do lado de fora estava escondido sob uma escada. No Center Lapa, havia poltronas quebradas e encardidas, além de lixo nos cantos. E no UCI Iguatemi, foram encontradas baratas na sala de exibição e nos banheiros.


Ainda em Salvador, não foram passadas as orientações de segurança antes do início do filme no Center Lapa, Espaço de Cinema Itaú e Saladearte Museu, UFBA e XVI. Além disso, os mesmos cinemas – com exceção da Saladearte Museu – não tinham sinalizações de proibido fumar.

Em São Paulo, o Cinépolis Largo 13, Cinemark Cidade Jardim, Kinoplex Itaim e Espaço Itaú Augusta também não exibiram as orientações de segurança. As salas do Reserva Cultural e UCI Shopping Anália Franco não tinham sinalização luminosa para as saídas de emergência e no Moviecom Penha, ela estava queimada. O Espaço Itaú Augusta não apresentava sinalização de proibido fumar e o Kinoplex Itaim não indicava a lotação máxima.

No Rio de Janeiro, o Botafogo Artplex foi constatada ausência da porta com barra antipânico, mas a vinheta inicial do filme indicava que a sala possuía esse equipamento. As vinhetas com as medidas de segurança antes das sessões não foram exibidas no Cine Sesc Rio e Cine Center Shopping. Este último também não indicava a lotação máxima e não havia iluminação no chão. No Cine Sesc Rio, foram encontrados trechos de escada sem corrimão. Além disso, ele e o Cinesystem não indicavam a saída de emergência.


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