A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, informou nesta quarta-feira, que será mantida a previsão de crescimento da economia brasileira este ano em 2,5%. Na sexta-feira, o Ministério do Planejamento terá que divulgar o relatório de avaliação bimestral de receitas e despesas. Para isso, fixa parâmetros macroeconômicos que embasam as previsões de receitas.
"Nós estamos no final do ano. Temos a visão de que vamos crescer 2,5% este ano. Vamos manter isso no relatório. Faremos ajustes sem grandes mudanças em relação ao relatório anterior", afirmou ao sair da Câmara dos Deputados, onde participou de audiência pública. Miriam disse que, do lado das receitas, a principal alteração será a inclusão da previsão de arrecadação em 2013 com a abertura dos parcelamentos especiais (Refis) para multinacionais, bancos e seguradoras e a reabertura do chamado Refis da Crise para os contribuintes inadimplentes.
A ministra reforçou o compromisso do governo com a responsabilidade fiscal, mas não mencionou o superávit que será alcançado este ano. Segundo ela, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) é importante para dar mais flexibilidade na execução do orçamento. "O superávit tem que refletir o ano que estamos vivendo", disse.
Miriam disse que o governo vem demonstrando há 11 anos, ano após ano, que a inflação fica dentro da banda estabelecida, que faz superávit fiscal e que faz o País crescer reduzindo a desigualdade.
Ela admitiu que há desconfiança de alguns analistas de mercado quanto à política fiscal, mas argumentou que outros não têm dúvidas. "Articulistas e representantes das próprias agências de rating estão falando que isso não está em questão em relação ao Brasil", disse. Ao ser questionado se a presidente Dilma decidiu assumir para si o compromisso com a meta fiscal em função de suas ações nos últimos dias, a ministra respondeu: "Ela é que tem que ser a avalista disso e ela tem absoluta convicção de que está conduzindo o Brasil nesse sentido."
Além de usar o Twitter para falar sobre responsabilidade fiscal, a presidente assinou na terça-feira com líderes no Congresso um pacto fiscal para evitar que sejam aprovados pelos parlamentares projetos que aumentem as despesas ou as desonerações.