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Estado de Minas

Empresa que arrematou Confins espera estimular transporte de mercadorias e novas rotas

Foco será em em cargas e voos ao exterior


postado em 26/11/2013 06:00 / atualizado em 26/11/2013 06:42

(foto: Angelo Pettinati/Esp. EM/D.A Press)
(foto: Angelo Pettinati/Esp. EM/D.A Press)

Apesar de os novos operadores do Aeroporto Internacional Tancredo Neves terem sinalizado de cara com a possibilidade do aumento do fluxo de carga, estudo elaborado pela empresa de consultoria LeighFisher para sustentar o leilão de Confins aponta que esse tipo de receita será a que terá menor variação na primeira década de contrato. Pelos números, a arrecadação com tarifas de carga subirá 27,57% e 11,1%, no caso de importadas e exportadas, respectivamente. Em contrapartida, as receitas chamadas de não tarifárias (inclui aluguéis, estacionamento e outros) terão aumento de 145% no período. No terminal de cargas de Confins, a Infraero implantou novo sistema de raio X que permite agilizar o processamento de mercadorias.

Momentos depois da confirmação do consórcio vencedor do leilão, na sede da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), o diretor da Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR), Leonardo Viana, questionado sobre o planejamento do governo de Minas, disse conhecer o projeto de aerotrópolis, que prevê transformar Confins em um indutor de desenvolvimento da região do aeroporto. Entre outros, a cidade-aeroporto tem como função aumentar o fluxo de cargas. Segundo estatísticas da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, somente 8% de toda a carga nacional segue de avião para São Paulo. A maior parte segue de caminhão para ser exportada.


Pelo estudo, a margem para aumento do fluxo de voos internacionais permite as empresas mais que dobrar o total faturado anualmente somente com as tarifas de embarque e pousos domésticos. O trabalho mostra que até 2023 o faturamento com tarifas de embarque internacional atingirá R$ 15,5 milhões ante os atuais R$ 7,5 milhões. O número condiz com a fala do diretor da CCR na Bovespa. Segundo ele, os mineiros não terão que passar mais por Rio e São Paulo para decolar para o exterior. A proposta é dialogar com as companhias aéreas para aumentar as rotas internacionais sem escala. Embora o crescimento desses voos para o exterior seja maior, a receita de tarifas domésticas permanece mais alta, representando 86,82% do total previsto para 2023. A expectativa é de que R$ 102 milhões sejam pagos pelos passageiros das rotas locais.

O ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Moreira Franco, afirmou ontem que, após a concessão dos cinco maiores aeroportos do país, o governo vai priorizar nos próximos meses os investimentos em 270 unidades regionais. Segundo ele, deverá ser publicada amanhã portaria definindo a política comercial para esses terminais. Ele também voltou a criticar ontem a “política colonialista” de impostos sobre o transporte aéreo do país, que acabam favorecendo o turismo internacional, em prejuízo do doméstico.

Leilão

Depois de terem sido selecionadas para operar Confins e Galeão, CCR e Odebrecht disputam amanhã com outros cinco grupos de empresas quem vai administrar a BR-163, no Mato Grosso. Sete consórcios apresentaram propostas ontem para o leilão. É o terceiro lote do Programa de Investimentos Logísticos a ser oferecido à iniciativa privada. Os outros dois foram a BR-050 e a BR-262, que encerrou o processo sem interessados.

Em outra frente, a Agência Nacional de Petróleo (ANP) vai realizar no Rio de Janeiro, até sexta-feira, a sua 12ª rodada de licitações, a primeira após a do campo de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos (RJ). O alvo da concorrência será a primeira exploração no país de gás não convencional (xisto), em sete bacias sedimentares. (Com Sílvio Ribas)


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