Brasília – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem que ainda não existe uma fórmula para o aumento dos combustíveis, muito menos garantiu que haverá um reajuste ainda este ano já que o principal objetivo do governo é reduzir a inflação. As declarações do ministro derrubaram as ações da Petrobras ontem. Os papéis preferenciais (sem direito a voto) da companhia fecharam o pregão de ontem com um tombo de 6,29% em relação à véspera, a R$ 19,08.
“Estamos amadurecendo uma modalidade, não vou dizer nem uma fórmula, para um eventual reajuste do combustível. Evidentemente não pode ser por indexação, porque estamos trabalhando no Brasil para reduzir a inflação”, afirmou o ministro, ontem, depois de participar da reunião com empresários na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI). “Estamos fazendo uma discussão na diretoria e no conselho de administração até amadurecermos uma forma que seja considerada satisfatória”, afirmou. “A fórmula do reajuste não pode ser de improviso. É algo que tem que ser muito cauteloso para que se tenha uma metodologia que não seja inflacionária, que não indexe a economia. Quando ela estiver pronta, será apresentada”, comentou.
Mantega evitou comentar se haverá um reajuste ainda este ano. “Isso depende da diretoria da empresa”, afirmou. A próxima reunião do Conselho da Petrobras, que é presidido por Mantega, e na qual será avaliada a nova metodologia do reajuste e outros assuntos da pauta, está prevista para sexta-feira, em São Paulo.
Pouco antes de o ministro fazer seus comentários na CNI, a cotação dos papéis preferenciais da Petrobras havia atingido a máxima do dia, de R$ 20,04. “Essa queda (nas ações da estatal) é mais um reflexo da falta de confiança do mercado no governo”, avaliou o economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito. Ele concorda com o governo de que não se pode criar uma fórmula para o reajuste, pois isso abriria espaço para que outros setores indexarem a inflação. “Mas o que eu não tolero é o fato de o governo brincar com o mercado soltando comunicados truncados. É um absurdo a forma de comunicação do governo”, criticou ele lembrando que, em 30 de outubro, a Petrobras soltou ao mercado um fato relevante explicando a nova metodologia logo após o resultado ruim do balanço da companhia. Isso fez com que as ações da empresa subissem 10% na primeiro dia útil seguinte.
O diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, também criticou a falta de um discurso único dentro do governo e avaliou que a Comissão de Valores Mobiliários deveria multar a estatal por ter feito um comunicado ao mercado sem que a metodologia fosse aprovada pelo governo. “Na realidade, hoje existe um paradoxo de que o que é bom para o governo é ruim para a Petrobras e vice-versa”, afirmou ele, lembrando que o preço dos combustíveis vem sendo controlado desde 2010 para segurar o aumento do custo de vida dos brasileiros.
SEM CRÉDITO
Apesar de o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmar ontem a empresários na Confederação Nacional da Indústria (CNI) que “o Brasil está bem na foto” porque vem crescendo mais do que vários países, o discurso não convenceu os presentes que o encheram de perguntas sobre a prorrogação do Reintegra, programa de incentivo aos exportadores que termina em 31 de dezembro, e a reforma do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que está travada no Congresso Nacional por falta de consenso entre os parlamentares da base aliada. “Ele demonstrou um otimismo que não responde à realidade”, revelou o presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas Mecânica de Material Elétrico de Manaus (Simmmem), Athaydes Mariano Félix.
“Estamos amadurecendo uma modalidade, não vou dizer nem uma fórmula, para um eventual reajuste do combustível. Evidentemente não pode ser por indexação, porque estamos trabalhando no Brasil para reduzir a inflação”, afirmou o ministro, ontem, depois de participar da reunião com empresários na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI). “Estamos fazendo uma discussão na diretoria e no conselho de administração até amadurecermos uma forma que seja considerada satisfatória”, afirmou. “A fórmula do reajuste não pode ser de improviso. É algo que tem que ser muito cauteloso para que se tenha uma metodologia que não seja inflacionária, que não indexe a economia. Quando ela estiver pronta, será apresentada”, comentou.
Mantega evitou comentar se haverá um reajuste ainda este ano. “Isso depende da diretoria da empresa”, afirmou. A próxima reunião do Conselho da Petrobras, que é presidido por Mantega, e na qual será avaliada a nova metodologia do reajuste e outros assuntos da pauta, está prevista para sexta-feira, em São Paulo.
Pouco antes de o ministro fazer seus comentários na CNI, a cotação dos papéis preferenciais da Petrobras havia atingido a máxima do dia, de R$ 20,04. “Essa queda (nas ações da estatal) é mais um reflexo da falta de confiança do mercado no governo”, avaliou o economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito. Ele concorda com o governo de que não se pode criar uma fórmula para o reajuste, pois isso abriria espaço para que outros setores indexarem a inflação. “Mas o que eu não tolero é o fato de o governo brincar com o mercado soltando comunicados truncados. É um absurdo a forma de comunicação do governo”, criticou ele lembrando que, em 30 de outubro, a Petrobras soltou ao mercado um fato relevante explicando a nova metodologia logo após o resultado ruim do balanço da companhia. Isso fez com que as ações da empresa subissem 10% na primeiro dia útil seguinte.
O diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, também criticou a falta de um discurso único dentro do governo e avaliou que a Comissão de Valores Mobiliários deveria multar a estatal por ter feito um comunicado ao mercado sem que a metodologia fosse aprovada pelo governo. “Na realidade, hoje existe um paradoxo de que o que é bom para o governo é ruim para a Petrobras e vice-versa”, afirmou ele, lembrando que o preço dos combustíveis vem sendo controlado desde 2010 para segurar o aumento do custo de vida dos brasileiros.
SEM CRÉDITO
Apesar de o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmar ontem a empresários na Confederação Nacional da Indústria (CNI) que “o Brasil está bem na foto” porque vem crescendo mais do que vários países, o discurso não convenceu os presentes que o encheram de perguntas sobre a prorrogação do Reintegra, programa de incentivo aos exportadores que termina em 31 de dezembro, e a reforma do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que está travada no Congresso Nacional por falta de consenso entre os parlamentares da base aliada. “Ele demonstrou um otimismo que não responde à realidade”, revelou o presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas Mecânica de Material Elétrico de Manaus (Simmmem), Athaydes Mariano Félix.