A confiança do empresário do comércio evoluiu em um ritmo desfavorável no trimestre encerrado em novembro. O Índice de Confiança do Comércio (Icom), divulgado nesta sexta-feira, 29, pela Fundação Getulio Vargas (FGV), caiu 5,2% na comparação com igual período de 2012. Em outubro, a taxa trimestral interanual havia ficado negativa em 3,9%. "O resultado indica uma diminuição relativa da confiança do setor", informou a FGV, em nota. No trimestre até novembro, o Icom ficou em 125,9 pontos, contra 132,8 pontos registrados em igual período do ano passado.
No varejo restrito, a taxa passou de queda de 3,8% no trimestre terminado em outubro para recuo de 5,0% nos três meses até novembro (sempre na comparação com igual período do ano anterior). Já no varejo ampliado (que inclui veículos, motos e peças e material para construção) as taxas passaram de queda de 2,9% no trimestre até outubro para queda de 4,4% nos três meses até novembro.
No segmento de material para construção, a taxa saiu de -0,2% no trimestre até outubro para +0,4% no trimestre até novembro, a primeira variação positiva desde o início da série interanual, em maio de 2011. O setor de veículos, motos e peças passou de alta de 0,1% nos três meses até outubro para queda de 4,6% de setembro a novembro (sempre na comparação com igual período de 2012).
No comércio atacadista, houve piora na percepção dos empresários. No trimestre até outubro, a queda era de 6,0%, mas nos três meses até novembro passou a recuo de 6,9% (sempre na comparação com igual período de 2012). A FGV destaca que houve avanço em apenas 6 dos 17 segmentos pesquisados na Sondagem do Comércio.
O Índice da Situação Atual (ISA-COM) do trimestre findo em outubro teve queda de 9,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em outubro, a variação havia sido de -5,6% na mesma comparação. Na média do trimestre terminado em novembro, 17,7% das empresas consultadas avaliaram o nível atual de demanda como forte, e 19,2% como fraca. Já o Índice de Expectativa (IE-COM) caiu 2,1% no trimestre até novembro, uma leve melhora ante a queda de 2,9% nos três meses até outubro.