A cobertura da tecnologia 4G já chegou a 74 municípios brasileiros neste ano, informou o Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil). Segundo o diretor executivo da entidade, Eduardo Levy, essas cidades concentram 30% da população. Até outubro, o País já contabilizava 731 mil acessos 4G.
O alcance supera o compromisso assumido pelas prestadoras de serviços de telecomunicações, que era atender 50% da área urbana das cidades sede da Copa do Mundo até o fim deste ano - Cuiabá, Curitiba, Manaus, Natal, Porto Alegre e São Paulo. Até abril deste ano, a cobertura já havia chegado às cidades sede da Copa das Confederações: Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro e Salvador.
Segundo o SindiTelebrasil, as teles já instalaram 8.551 antenas com a nova tecnologia. Considerando as tecnologias 2G e 3G, a quantidade de antenas instaladas supera os 15 mil. Até maio de 2014, a cobertura 4G terá que chegar a todas as capitais e aos municípios com mais de 500 mil habitantes.
A prioridade da cobertura 4G, segundo a entidade, são corredores de circulação de moradores e turistas, como aeroportos, redondezas de estádios, pontos turísticos e locais de grande concentração de pessoas.
Estádios
As teles devem investir R$ 200 milhões para oferecer cobertura indoor nos 12 estádios da Copa. Essa cobertura, no entanto, não faz parte das obrigações das companhias e é negociada com os administradores de cada estádio. As empresas também pretendem instalar redes Wi-Fi nas proximidades das arenas.
Mas, de acordo com Levy, é muito provável que haja problemas no Itaquerão, em São Paulo. Isso porque as operadoras precisam de 150 dias para executar as obras após a liberação pelos estádios. "Tivemos esse acidente recentemente. Vai ficar em cima da hora. Talvez tenhamos em São Paulo o mesmo problema que tivemos na Copa das Confederações", afirmou. "É uma pena, porque é uma cidade importante."
A instalação da cobertura indoor foi concluída nos estádios de Brasília, Fortaleza, Salvador e Recife, e está em andamento em Belo Horizonte e no Rio. Mas a rede Wi-Fi não foi autorizada em Belo Horizonte e Recife.
Nas demais cidades sede, acordos comerciais foram firmados em Manaus, Natal e Porto Alegre. Há negociações em Cuiabá e Curitiba, e nenhum acordo em São Paulo. As negociações envolvem o pagamento mensal pelo aluguel de uma sala nos estádios para instalação dos equipamentos. O problema é os estádios nem sempre aceitam os valores oferecidos pelas teles.