O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vai incorporar, no mês de janeiro, os efeitos do Sistema de Bandeiras Tarifárias no cálculo sobre o custo da energia elétrica medido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). As bandeiras tarifárias têm por objetivo repassar ao consumidor, a partir de 2014, o gasto maior na geração de energia elétrica, como quando é necessária a ativação de usinas térmicas.
De acordo com as regras da Aneel, a bandeira verde indica condições favoráveis na geração de energia, portanto, não há alteração na tarifa. A bandeira amarela indica condições menos favoráveis, e a tarifa sofre um aumento de R$ 1,50 para cada 100 quilowatt-hora consumidos. Já a bandeira vermelha equivale a condições mais custosas na geração de energia, o que leva a um acréscimo de R$ 3,00 para cada 100 quilowatt-hora consumidos.
A informação entra no cálculo do custo da energia elétrica ao consumidor pelo IBGE como mais um elemento na composição do preço, assim como os impostos. "Quanto é o consumo médio do Rio de Janeiro? É 'x'. Mas em janeiro veio a bandeira vermelha. Então é 'x' vezes a bandeira vermelha", exemplificou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE.
A contabilização do sistema de bandeiras na conta de energia começa no IPCA de janeiro, que será divulgado em fevereiro pelo instituto. "E a cor da bandeira de janeiro vai ser anunciada no dia 27 de dezembro pela Aneel", lembrou Eulina.