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Estado de Minas

Maioria dos lojistas de BH espera vendas de Natal iguais ou melhores que ano passado

Em 2012, índice de otimistas chegou a 96%


postado em 10/12/2013 06:00 / atualizado em 10/12/2013 08:13

O otimismo do comércio de Belo Horizonte com as vendas motivadas pelo Natal sofreu drástica queda em relação ao cenário de 2012, às vésperas da melhor data de faturamento nas lojas. O universo de empresários que esperam o mesmo nível dos negócios ou melhora de receita frente ao período natalino do ano passado alcança 74,1%, de acordo com pesquisa feita entre 23 de outubro e 27 de novembro pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais (Fecomércio MG). Foram ouvidos 135 empresários. Em 2012, a esperança de ver vendas iguais ou melhores na comparação com o período anterior foi observada entre 96% dos entrevistados, na passagem de setembro para outubro.

Apesar da baixa de 22 pontos percentuais entre os dois levantamentos, o comércio de BH ainda mostra perspectivas mais animadoras que a média do setor no estado, com base em outra pesquisa divulgada ontem pela Fecomércio MG, que avaliou pela primeira vez o humor das empresas em relação ao Natal em cinco regiões do estado: Central, Sul, Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba, Vale do Jequitinhonha/Mucuri e Noroeste. Entre 371 empresas ouvidas, 70,9% acreditam que as vendas serão boas ou iguais às do ano passado. No outro extremo, a perspectiva de faturar menos que em 2012 domina para 60% das empresas consultadas no Noroeste mineiro.

Diante dos resultados, a Fecomércio MG optou pelo ambiente de negócios mais conservador, de vendas estagnadas em comparação aos negócios do Natal de 2012. A previsão é coerente com o esfriamento da economia e o aumento da taxa básica de juros, a Selic, que remunera os títulos públicos no mercado financeiro e serve de referência para as negociações nos bancos e no comércio, informou Gabriel de Andrade Ivo, economista-chefe da Fecomércio MG. “A expectativa do setor no ano passado era muito melhor, de fato, e 2012 terminou com juros de 7,25% (ao ano), uma taxa bem inferior à atual (10% ao ano).”

O custo mais alto do crédito preocupa o comércio não sem razão. Segundo a pesquisa com as empresas de Minas, mais de 72% indicaram o cartão de crédito na modalidade parcelada como a forma predominante de pagamento. Na capital mineira, 70% das vendas são faturadas a prazo e desse percentual 80% se devem ao chamado dinheiro de plástico.

O principal motivo do otimismo apurado nas pesquisas da Fecomércio MG, mesmo que mais moderado que no ano anterior, está na crença das empresas de que é melhor a situação financeira do consumidor, de acordo com 16,5% do total dos entrevistados. A expressão se refere à saúde do orçamento das famílias. Há apostas também nas estratégias internas de atendimento, a exemplo da empresa Brinkel, de BH, especializada na venda de brinquedos. Seu proprietário, Altair de Rezende, trabalha com projeção de aumento de 8% das vendas, embaladas por uma loja de compras virtuais, que foi turbinada desde julho, e o reforço de uma oferta já variada de produtos que alcança 7 mil itens.


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