O último leilão de transmissão de 2013 teve deságio médio de 5 64%, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Foram arrematados três dos quatro lotes incluídos no leilão. Para o diretor da Aneel, Edvaldo Santana, o número reflete uma "nova realidade" para os leilões de transmissão, com deságios mais baixos. "Os custos mudaram e os riscos também. Além disso, as empresas de transmissão aprenderam que não é tão fácil fazer uma obra. Tudo demora. A obtenção da licença, que levava 12 meses, agora leva 24 meses. Isso faz com que seja alterada a realidade desses leilões", disse.
Para o presidente da Transmissora Aliança de Energia Elétrica (Taesa), José Ragone, a participação da companhia no leilão do lote A mostra o ambiente de mudanças pelos quais passa o processo de licitação em transmissão. O próprio lote A havia sido leiloado anteriormente, mas não recebera propostas. "Houve ampliação do prazo de mais de 12 meses para esse mesmo lote, o que fez com que a consideração de participação sempre atrelada ao retorno requerido pelo acionista fosse conquistada", disse. Para 2014, Ragone acredita que novas melhorias nas condições propostas nos leilões de transmissão sejam conquistadas.