A balança comercial registrou superávit (exportações maiores que importações) de US$ 383 milhões na segunda semana de dezembro. O valor foi resultado de US$ 4,89 bilhões em vendas externas e US$ 4,5 bilhões em compras do Brasil no exterior. Com isso, o saldo comercial acumulado, que estava negativo, tornou-se superavitário em US$ 15 milhões. As informações foram divulgadas hoje pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
A média diária das exportações no período ficou em US$ 979,2 milhões, 16,9% acima de US$ 837,6 milhões na primeira semana. Produtos manufaturados e não industrializados foram responsáveis pela retração. As exportações de semimanufaturados foram as únicas a registrar queda.
As vendas de itens de maior valor agregado cresceram 21,5%, principalmente em função de aviões, automóveis de passageiros, veículos de carga, autopeças, tratores e máquinas para terraplanagem. No caso dos produtos básicos, cujas exportações subiram 20,2%, os responsáveis foram minério de ferro, petróleo bruto, farelo de soja, carne de frango e grão de café. As vendas de semimanufaturados recuaram 9,8%, puxadas principalmente por celulose, açúcar bruto, semimanufaturados de ferro e aço, couros e peles e alumínio bruto.
Do lado das importações, a média diária de vendas ficou em US$ 902,6 milhões, 1,1% superior à da primeira semana de dezembro. Contribuíram para o resultado combustíveis e lubrificantes, equipamentos mecânicos, plásticos e instrumentos de ótica e precisão.
A parada para manutenção de plataformas de petróleo este ano contribuiu para derrubar as exportações e aumentar as importações do produto. Apesar disso, o governo trabalha com a possibilidade de que a balança comercial encerre o ano com pequeno superávit.