O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse nesta quarta-feira, 18, que a adoção das bandeiras tarifárias foi adiada de 2014 para 2015 porque a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) julgou que seria "apressado" usar o sistema já para o próximo ano. Segundo o ministro, alguns agentes reivindicaram a postergação ao governo. "Em razão de tudo isso, adiou-se a experiência", afirmou, durante evento de comemoração dos 10 anos do programa Luz para Todos.
O ministro disse que o governo poderá fazer novos leilões para atender a demanda das distribuidoras. Na terça-feira o leilão A-1 preencheu apenas metade do que as empresas precisavam. "Realizaremos outros leilões até resolver completamente o problema. O fato é que o que aconteceu ontem é que a energia foi vendida por um preço baixo, razoável, e que atende ao princípio da modicidade tarifária", afirmou.
Lobão disse ainda que o governo não definiu se vai ajudar as distribuidoras via repasses de recursos para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). "Se for necessário sim, se não for necessário, não", afirmou. "Em cada momento tomaremos as decisões", acrescentou. O ministro não deu data para que a decisão seja tomada.
Lobão disse ainda que a paralisação das obras da usina de Belo Monte preocupa o governo. "Estamos recorrendo aos tribunais superiores", afirmou. Questionado sobre o nível do reservatório das hidrelétricas, Lobão respondeu que, de fato, está baixo. "O nível não está elevado, mas as chuvas sim, e temos esperanças que o nível melhore muito com as chuvas que estão chegando."