Brasília – O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) rejeitou o pedido do setor automotivo de prorrogar a fabricação da Kombi por dois anos, sem que a indústria inclua no veículo o airbag e o freio ABS, que passarão a ser obrigatórios em todos os modelos produzidos no país em 2014. Com isso, o utilitário encerra ainda em dezembro sua longa história no Brasil, já que ele não comporta nenhum desses equipamentos de segurança.
O argumento exposto pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC em reunião com o Contran na tarde de ontem foi de que com a extinção da linha de montagem 900 empregos seriam prejudicados diretamente. O sindicato já havia comunicado ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, que indiretamente o fim da Kombi implicaria na perda de até 20 mil empregos. Mesmo assim, o entendimento dos conselheiros foi de que a imposição do padrão de segurança é mais importante.
“Para a manutenção do emprego você tem várias alternativas, mas para a vida das pessoas não”, declarou o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro. Segundo ele, estatísticas feitas nos EUA mostram que naquele país a obrigatoriedade dos itens de segurança evita 30 mil mortes por ano. Além disso, expôs Ribeiro, a Kombi já foi extinta há 30 anos na Alemanha e há 20 anos no México.