O endividamento das famílias com o sistema financeiro ficou praticamente estável em entre setembro e outubro, de acordo com dados divulgados hoje pelo Banco Central (BC). Em outubro, a dívida total das famílias equivalia a 45,38% da renda acumulada nos últimos 12 meses. Em setembro, esse percentual era 45,35%, segundo os dados revisados. Ainda assim, o resultado de outubro é o mais alto da série histórica do BC, iniciada em 2005.
Entretanto, ao se retirar desse indicador o endividamento com financiamento imobiliário, o percentual ficou em 30,08%, em outubro, com leve redução em relação ao registrado em setembro (30,25%). Os representantes do BC costumam dizer que as famílias estão trocando uma dívida de consumo, o pagamento de aluguel, pelo financiamento de um patrimônio, a casa própria.
Ainda de acordo com o BC, a parcela da renda mensal familiar com o serviço da dívida (pagamento de juros e amortização do valor emprestado) chegou a 21,03%, em outubro, com redução em relação a setembro (21,37%), segundo os dados ajustados para o período. A parcela da renda usada, em outubro, para pagamento de juros ficou em 8,59%, ante 8,76% em setembro.